Cerca de 50 manifestantes se reuniram na tarde deste sábado (12) no Bosque Municipal de Londrina para iniciar uma série de atividades de protesto contra a derrubada de 17 árvores no local, ocorrida na manhã de sexta-feira (11).
A manifestação repudiando o fato ocorreu após uma foto ser postada no Facebook pelo jornalista Guto Rocha. "Acredito que não mudará nada o fluxo de veículos, e, sim, haverá mais sobrecarga de carros nas ruas ao lado do espaço. Matar as árvores não resolverá os problemas aos arredores do Bosque", argumentou.
Na ocasião, ficou definido que haverá protestos durante 10 dias no Bosque, sendo que durante as atividades serão realizados: o 'abraço no Bosque', o 'funeral das árvores', o 'replantio de mudas' e 'revitalização e limpeza do espaço'. Além disso, segundo uma das organizadores, Gisele Almeida, haverá também protestos para informar o público que utiliza o Igapó II sobre as ações no Bosque Municipal.
"O pessoal não ocupará o local por 24 horas, e iremos utilizar o espaço com manifestações para mostrar o erro que cometeram. Queremos chamar a atenção de Londrina para o assassinato que aconteceu neste espaço", enfatizou Gisele. "Pretendemos também ir á Câmara Municipal pedir explicações do que aconteceu aqui para que outros espaços não sejam atingidos por projetos como este", complementou.
A iniciativa uniu diversos estudantes que conversaram sobre a legitimidade da ação, já que conforme eles, a Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Obras, CMTU e o próprio Prefeito Barbosa Neto não divulgaram as ações que iriam acontecer no Bosque Municipal. Eles também questionaram o fato de que a revitalização poderia trazer mais segurança aos frequentadores, tendo em vista de que há um módulo da Guarda Municipal no local.
O projeto de revitalização do espaço foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) para que haja um fluxo maior de veículos na rua Piauí, entre as avenidas São Paulo e Rio de Janeiro.