Representantes de cinco associações de artesãos de Londrina estiveram nesta quarta em um dos prédios propostos pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para criação do centro de excelência de artesanato e a consequente desocupação das praças Rocha Pombo e Floriano Peixoto.
O prédio, localizado na avenida Rio de Janeiro a menos de uma quadra da praça Floriano Peixoto, tem 1 mil m2. Apesar de terem aprovado as instalações, os artesãos das praças continuam pedindo garantias a longo prazo de manutenção do espaço pelo poder público e as negociações estão praticamente paradas.
Segundo o diretor de relações públicas da CMTU, Carlos Xavier, o prédio visitado ontem tem condições para abrigar até 50 boxes. Isso possibilitaria a transferência das 43 barracas que hoje ocupam as duas praças da Cidade, segundo os cálculos da CMTU, e abriria espaço para as demais associações da Cidade dividirem os espaços restantes.
Xavier não quis adiantar o valor do aluguel do prédio. Contudo, segundo o administrador do imóvel, Giovani Pondinelli, o mesmo já chegou a ser locado por R$ 10 mil mensais. ''Mas a realidade hoje é outra'', ressaltou.
Na opinião do presidente da União dos Artesãos da Praça Floriano Peixoto, Dermindo Florentino, o prédio tem condições e é bem localizado, mas o impasse continua. ''Nosso problema é a garantia financeira, a maioria do pessoal que está ali não têm condições de pagar aluguel e no ano que vem tudo pode mudar'', afirma, referindo-se às eleições para prefeito. Por outro lado, as demais associações apóiam o projeto.
Antes da visita, os artesãos reuniram-se com representantes da CMTU, das secretarias da Cultura e da Mulher e com o vereador Carlos Bordin (PP). Durante o encontro, os artesãos denunciaram a invasão das praças por artesãos de outras cidades que teriam sido incitados pelo projeto da Prefeitura.