O IAT (Instituto Água e Terra) fez na manhã desta quinta-feira (19) a remoção para a Região Metropolitana de Curitiba de um filhote de lontra que passou por reabilitação no Hospital Veterinário da UniFil, em Londrina. Após 25 dias sob cuidados intensivos, a fêmea "Carlota" foi levada para o criadouro conservacionista "Onça Pintada", onde passará a viver juntamente com outros dois exemplares. A intenção é estimular a reprodução em cativeiro e contribuir para a preservação da espécie, classificada como "quase ameaçada" de extinção.
Uma equipe do IAT recolheu a lontra logo cedo no HV da UniFil para transporte rodoviário ao destino. "O criadouro tem condições adequadas para ambientação do filhote, realiza um trabalho muito bom. Como foi resgatada ainda bebê, a lontrinha não desenvolveu habilidades ao lado da mãe e isso impede que seja solta na natureza. Vai precisar acompanhamento para sobreviver e procriar", explica a médica veterinária Daniela Martina, especialista em animais silvestres e coordenadora do HV da UniFil.
Resgatada às margens da Represa Chavantes, no município de Carlópolis (Norte Pioneiro), a lontra corria risco de morte quando foi socorrida no hospital. Pesava cerca de 800 gramas e apresentava quadro grave de diarréia, desidratação e hipotermia, entre outros problemas de saúde. Após vários exames, o atendimento emergencial exigiu alimentação induzida e adequada, leite a cada três horas para nutrição e acompanhamento permanente para recuperação.
A equipe do HV da UniFil também precisou estimular a filhote a se ambientar na água, por ser espécie semiaquática e estar fora de seu habitat. "Ensinamos a nadar e outros hábitos. Já está com mais de dois quilos, se alimentando normalmente e certamente vai se adaptar ao novo espaço. Mas deixa saudades" - comenta Daniela Martina, destacando o trabalho do IAT de Londrina, de Jacarezinho e Curitiba no esforço conjunto com o HV da UniFil para salvar a "Carlota".
(Com informações do HV da Unifil)