Londrina

Aeroporto de Londrina ficou fechado 15 dias em 2009

30 dez 2009 às 11:08

Em razão do mau tempo, o Aeroporto de Londrina Governador José Richa ficou fechado durante 377 horas no ano de 2009, segundo levantamento da Infraero. O percentual de horas corresponde a pouco mais de 15 dias sem operação. "Se houvesse ILS, este número seria de apenas 24,6 horas", contabilizou o superintendente do aeroporto, Marcus Vinícius Rezende Pio.

O ILS é um sistema constituído de três equipamentos que auxiliam pousos quando as condições climáticas não são favoráveis, o conhecido "teto baixo", causado pela neblina.


Há mais de 10 anos, a população reivindica o ILS. No entanto, ele não pode ser instalado se houver obstáculos às margens da pista. Esses obstáculos, como a caixa d'água da Indústria Carambeí, que foi recentemente destruída, o segundo andar da escola e árvores no Tiro de Guerra, também dificultam a decolagem de aeronaves.


Marcus Pio explicou que os 150 metros ao lado de cada margem da pista não podem ter qualquer obstáculo; a partir desta metragem, é possível, a cada 7 metros, uma construção com no máximo um metro de altura.


Em razão disso, áreas estão sendo desapropriadas na região leste. Segundo Marcus Pio, a prefeitura já doou à União 78,4% das áreas necessárias para deixar toda a região livre de obstáculos. "Poderemos fazer a licitação e comprar o sistema ILS quando 100% das áreas estiver em nome da União", afirmou. "Tenho sentido muito empenho da administração municipal nestas desapropriações".


Voos cancelados


Dos 9.455 voos programados para o período de 1º de janeiro a 30 de novembro de 2009, 884 foram cancelados. No entanto, segundo Marcus Pio, "apenas" 382 não puderam pousar ou decolar em razão do mau tempo. "Os demais foram cancelados pelas próprias empresas".

E das 8.016 horas programadas para funcionar até 30 de novembro deste ano, o aeroporto de Londrina ficou 377 horas fechado, o que corresponde a 4,7% do tempo sem operação. "Funcionamos 95,3% do tempo, mas para quem não pode embarcar esse percentual não é suficiente", considerou Pio.


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