O Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina acompanha, nesta terça-feira (12), o julgamento de Carlos Alberto Gomes da Silva, acusado da tentativa de homicídio contra Marli Paulino da Silva, ocorrida há quatorze anos.
Esse é o oitavo julgamento de um caso ocorrido antes da Lei do Feminicídio (13.104/2015), a qual o Observatório acompanha desde 2021, quando iniciou suas atividades.
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O processo corre em segredo de justiça, por isso, as informações obtidas até o momento são unicamente da sentença de pronúncia.
Marli teria sido vítima de Carlos Alberto Gomes da Silva e de seu filho Carlos André, que a teriam colocado num saco de coleta de materiais recicláveis e a jogado de uma ponte, causando escoriações. Quando os agressores foram embora, Marli pediu socorro e foi conduzida pela polícia para atendimento médico.
A agressão teria sido motivada por vingança, em função de denúncia feita por Marli, alguns dias antes, contra o réu Carlos Alberto pelo abuso sexual de sua filha mais nova.
Como o processo corre em segredo, não há informações sobre o desenrolar desta denúncia. O Observatório de Feminicídios de Londrina aponta, ainda, que não compreende "o motivo de o filho do réu, acusado pela vítima de participação no crime, não estar sendo julgado conjuntamente. Sequer consta na pronúncia o depoimento do mesmo".
Néias afirma que irá acompanhar o julgamento para ter melhor compreensão do caso e identificação das causas que levaram a tanta demora no desenrolar do processo. "Desde já, reiteramos: justiça que tarda, falha", defendem.