A Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf) vai iniciar a busca por um terreno com o objetivo de construir o primeiro crematório público da cidade. A intenção, segundo a superintendente da autarquia, Sônia Gimenez, é inaugurar o espaço em até dois anos.
A região sul, de acordo com ela, é a ideal para a edificação por possuir características de solo que inviabilizam o sepultamento de corpos e, consequentemente, a construção de um cemitério tradicional. "Essa região é muita pedregosa e, além disso, não possui cemitério", salientou.
Nesta semana, a Acesf apresentou uma área de 48,5 mil metros quadrados, na Gleba Primavera, extensão da Saul Elkind, zona norte, na qual será edificado um novo cemitério. O projeto inicial, entretanto, era construir um complexo, com a disponibilização de um crematório. "Essa ideia já existe desde 2014, quando fizemos um evento junto a representantes de 17 municípios. Precisávamos de um terreno maior mas, no decorrer do processo, analisamos 23 deles e tivemos que fazer vários descartes até chegar ao definitivo. Neste, poderemos construir apenas um cemitério tradicional, com opção de jazigos verticais", disse.
A partir de agora, a Acesf vai pesquisar um terreno menor. "A intenção é que Londrina seja a cidade referência para cremação de corpos oriundos de cidades próximas", relata a superintendente. O serviço público de incineração também ampliaria o acesso a toda a sociedade, tendo em vista o alto custo de empresas privadas. "Percebemos que as pessoas já estão optando pela cremação e no futuro se tornará cada vez mais comum. Temos que olhar para a frente e reconhecer que há essa necessidade. Nossa intenção é organizar um segundo encontro com os demais municípios para fortalecer essa iniciativa", adiantou.
Novo cemitério
O terreno do novo cemitério na zona norte foi decretado como de utilidade público em maio do ano passado. A área foi previamente avaliada por técnicos da Secretaria Municipal do Ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) como apropriada para a construção de um novo cemitério municipal devido à localização, topografia e a pouca necessidade de infraestrutura.
Os técnicos da Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf) estimam que seja possível construir 19,5 sepulturas, o que atenderá a demanda da cidade nos próximos 18 anos. O local deverá oferecer dois padrões de sepultura: os tradicionais jazigos e as gavetas, no estilo cemitério parque. A expectativa da Acesf é de que o novo cemitério esteja pronto para uso em dois anos.
Segundo Sônia Gimenez, o terreno custou R$ 2 milhões. O valor foi custeado pela prefeitura. A próxima etapa é a obtenção das licenças exigidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que devem levar cerca de um ano para serem liberadas. A construção propriamente dita, deve levar, no máximo, dois anos.
Hoje Londrina tem cinco cemitérios que, juntos, contam cerca de 32 mil sepulturas. Desde 1989 a cidade não inaugura um novo cemitério público. O último foi o São Paulo, na zona leste.