O ano de 2020 foi extremamente desafiador para toda a população, mas para quem vive na linha da pobreza, a crise econômica decorrente da crise sanitária trouxe dificuldades ainda maiores. O auxílio emergencial liberado pelo governo federal não chegou a todos os necessitados e mesmo quem teve acesso à verba, já sentiu o peso da redução de 50% do valor repassado. E não há nenhuma sinalização por parte do Estado, até o momento, de que essa ajuda será prorrogada a partir do mês que vem. Pagar aluguel, arcar com os custos básicos, como água e luz, e colocar comida na mesa está cada dia mais difícil.
Pensando na realidade dessas pessoas, servidores da Justiça Federal em Londrina se uniram à Cufa (Central Única das Favelas) e organizaram uma ação para doação de cestas básicas e kits de higiene. A meta inicial estipulada para os voluntários era conseguir 50 cestas para serem entregues aos indígenas do Centro Cultural Kaingang e da Funai, mas a rede solidária se fortaleceu e, em uma semana, foram arrecadados alimentos e produtos de higiene pessoal suficientes para atender a 145 famílias. Com a superação da meta em quase três vezes, além dos indígenas, a ação estendeu-se a trabalhadores da reciclagem.
"A maioria dos servidores que participou já faz algum trabalho assistencial e o que a gente pensou é que esse momento exigia um esforço extra. Conseguimos replicar a ação não só para os servidores daqui de Londrina, mas de outros lugares do Paraná, da Justiça Eleitoral e grupos de amigos. Conseguimos ajuda até de um empresário de Paranaguá. Conseguimos expandir dentro dos nossos contatos”, contou o servidor da Justiça Federal em Londrina e um dos coordenadores da ação, Gerson Nori Shimura que pretende dar continuidade ao trabalho voluntário.
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