A Câmara Municipal de Londrina (CML) aprovou em 1º turno com 18 votos favoráveis, na tarde desta quinta-feira (15), projeto de lei da vereadora Lu Oliveira (PL) que autoriza a Prefeitura a contratar, por meio de parceria público-privada, o serviço de locação de bicicletas compartilhadas. Segundo a proposta, o Município não terá custos nem com a instalação nem com a remuneração do serviço, uma vez que as despesas serão custeadas pelas empresas de locação e pelos usuários. Após a primeira discussão, abre-se agora prazo para os parlamentares que desejam apresentar emendas (sugestões de modificação) à proposta. Posteriormente o projeto segue para segunda votação.
Lu Oliveira destacou que empresas de locação de bicicletas estão presentes em vários municípios, como em Cascavel, no oeste do Paraná. O sistema traz estações, com várias bicicletas, instaladas em vários pontos da cidade. As bicicletas podem ser retiradas pelo usuário por meio, por exemplo, de totens ligados a um aplicativo de celular. "O custo é zero para o Município, que teria apenas de se preocupar em fazer o levantamento junto ao órgão responsável de onde serão instaladas as estações de bicicletas e fornecer as calçadas para essas estações. Toda a operação fica por conta da empresa parceira. Ela se preocupa com a compra da bicicleta, com o aplicativo a ser instalado, a manutenção das bicicletas. […] O incentivo ao uso de bicicletas é uma questão de mobilidade urbana, de turismo e de inovação", defendeu em plenário.
Sobre a possibilidade de furto das bicicletas, a vereadora afirmou que empresas em operação no país usam a tecnologia para evitar a situação. "Cada empresa, e nós já conversamos com várias, tem um sistema interligado a uma central, com GPS que identifica se aquela bicicleta está percorrendo um trecho fora da linha permitida para seu uso. Isso facilita muito a identificação caso a bicicleta seja furtada", disse. Ainda segundo Oliveira, diagnóstico coordenado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) mostra que há dois desafios para o uso de bicicletas em Londrina: a falta de ligação entre os 41 quilômetros da rede cicloviária existente na cidade e o relevo acidentado de algumas regiões. "Nossa cidade não é 100% plana, tem muitos altos e baixos. Obviamente, nesses locais a ciclovia não é bem-vinda", ponderou.
Conforme o PL, um estudo prévio deve ser feito pelo Município para avaliar locais de interesse para a oferta do serviço em Londrina. Para o vereador Eduardo Tominaga (União Brasil), a Avenida Leste-Oeste seria uma via que poderia receber incentivos ao uso da bicicleta."É uma das poucas vias em Londrina em que você tem de onde sair e aonde chegar. Se a gente cortar a cidade de norte a sul, vamos ter problemas com subida, não existe a condição para que o ciclista utilize a via. Mas onde houver condições, que se faça o esforço possível e necessário para que os cidadãos de Londrina tenham condições de utilizar esse instrumento tão importante", afirmou.