Com o envelhecimento da população impulsionado pela maior expectativa de vida, investir em ações para melhorar a mobilidade urbana dos idosos se torna uma prática cada vez mais urgente.
“Problemas como obstáculos em calçadas estão entre os mais frequentes”, destaca Rubens de Fraga Júnior, médico especialista em geriatria e gerontologia e docente da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná, em Curitiba.
Para estimular o envelhecimento ativo, existem alguns aspectos definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no Guia Global Cidade Amiga do Idoso. Ao analisar alguns aspectos, pode-se levantar um perfil dos locais com maior acessibilidade.
“Locais da cidade que oferecem calçadas acessíveis, espaços verdes públicos conservados, arborizados e seguros, além de mobiliário urbano para descanso podem favorecer o deslocamento a pé dos idosos, fator importante na promoção da prática de atividade física e no combate ao isolamento social”, diz Catharina Cavasin Salvador, doutoranda do curso de pós-graduação em arquitetura e urbanismo do programa associado UEM/UEL e docente na Universidade do Alto Vale do Itajaí
Ela considera que, no contexto espacial de Londrina, a má iluminação das ruas, o alto tráfego de veículos e a pouca sinalização podem causar insegurança aos pedestres e dificultar a prática da caminhada.
Outro aspecto mencionado pelo Guia da OMS é o transporte público, que deve ser acessível, frequente e barato, oferecendo informações de fácil entendimento e permitindo que o idoso se desloque a destinos importantes, como postos de saúde e hospitais públicos, por exemplo.
“Em Londrina, apesar da isenção da tarifa para a população acima de 65 anos, o transporte público apresenta superlotação, pontos de ônibus sem manutenção e pouca informação sobre como utilizar o transporte e as rotas”, diz Salvador.
No âmbito privado, Catharina defende que edifícios promovam a acessibilidade ao idoso com recursos que exigem baixo esforço físico, como rampas, pisos antiderrapantes, corrimãos em escadas, elevadores e banheiros acessíveis. “É importante lembrar que, ao preparar a cidade para a população idosa futura, criamos uma cidade segura para todos.”
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