O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje (2), na propaganda do horário gratuito da noite na TV, estar "indignado" com a quebra pela Receita Federal do sigilo fiscal da sua filha, Verônica Serra, e alertou para o risco de dados da população serem vazados pelo governo federal, como no episódio do caseiro Francenildo da Costa. "Eu estou indignado com isso. Isso não é política, isso é sujeira", acusou o tucano. "Se continuar assim, todos nós seremos Francenildos, à mercê de gente sem escrúpulos", afirmou Serra, referindo-se ao episódio no qual o caseiro teve o sigilo bancário quebrado pela Caixa, uma instituição pública. Serra ressaltou que sempre quis ser presidente, mas jamais recorreu a "baixarias". "A disputa política tem de ter limites", salientou.
O episódio do caseiro também foi lembrado pelo locutor da peça, que listou uma série de escândalos eleitorais envolvendo o PT. Foram mostradas imagens do mensalão (2005), do escândalo dos aloprados (2006) e do caso da exploração de uma das filhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 1989. Na época, o principal adversário do petista na disputa, Fernando Collor de Mello, mostrou depoimento da mãe de Lurian, Miriam Cordeiro, dizendo que Lula era favorável à interrupção da gravidez por meio de aborto. "A mesma baixaria usada contra a filha de Lula é agora usada contra a filha de Serra", acusou a inserção tucana. A peça mostrou ainda que hoje Collor apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto.