O presidente do PT em Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, que disputa um novo mandato, foi detido no fim da manhã de hoje e conduzido a um posto temporário da Polícia Federal (PF) em São João del Rei por suspeita de prática de boca de urna.
O deputado negou que estivesse realizando qualquer atividade ilegal. Ele prestou depoimento, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) - referente a crimes de menor potencial - e foi liberado. Lopes alegou que apenas acompanhava o voto da esposa em uma zona eleitoral da cidade e permaneceu na fila ao lado dela. Por ser dirigente partidário, ele argumentou ainda que possui prerrogativas de "fiscal nato" e poderia estar no local, mesmo sendo candidato. "Eu sou um homem público, algumas pessoas vieram até mim, eu não fui até as pessoas", disse.
Depois de recusar a proposta para que sua esposa votasse na frente de outros eleitores, Lopes disse que deixou o local e ficou na porta da zona eleitoral, quando foi abordado por policiais federais e levado para prestar depoimento. Conforme o último balanço da PF, em Minas foram assinados até o momento 28 TCO''s, sendo 14 na região metropolitana de Belo Horizonte e 10 na cidade de Uberlândia.