No penúltimo dia do horário eleitoral gratuito na TV, na tarde de hoje, as críticas continuaram presentes nos programas dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). A petista disse que Serra, ao comandar a pasta do Planejamento do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, coordenou o programa de privatização, além de afirmar que o País não cresceu e o poder de compra da população caiu no governo tucano. Já o programa do PSDB disse, na voz do locutor, que eleição não é para ajudante nem para assistente e mostrou que Dilma anda na companhia de José Dirceu, Fernando Collor e José Sarney, ao contrário de Serra, "que tem experiência e biografia".
Nas críticas a Serra, Dilma Rousseff questionou o eleitor se o novo presidente da República deveria mudar a condução da economia e disse que pretende dar prosseguimento ao que já vem sendo adotado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, com ênfase a programas que estimulem ainda mais o crescimento. Lula também esteve presente no programa da TV, criticando os tucanos. "Está na hora de escolher entre o Brasil que estava dando errado ou o que está dando certo e Dilma vai continuar", disse o presidente. No encerramento, foi mostrada a pesquisa CNT/Sensus, que aponta a tendência de vitória de Dilma no segundo turno.
Já o programa do PSDB abriu com direito de resposta do PT, que descartou a privatização do pré-sal e a entrega à exploração das empresas estrangeiras. Nas críticas à adversária do PT, a propaganda do tucano disse que "Dilma nunca se submeteu ao julgamento do povo" e só chegou a disputar essa eleição porque o PT não tinha mais quadros, em função dos escândalos que atingiram seus líderes. Foram mostradas duas pesquisas de intenção de voto, Veritas e GPP, que apontam o crescimento de Serra e a diferença apertada entre ele e Dilma. No final, o tucano frisou que Lula não vai estar mais em Brasília no ano que vem e disse: "Vou ficar honrado se o seu voto for pra mim e vou dar o melhor para o País."