Uma médica foi presa pela Polícia Federal do Maranhão hoje acusada de trocar consultas por votos em quatro candidatos da coligação "O Maranhão não pode parar" - a própria governadora Roseana Sarney (PMDB), dois candidatos que disputam cargos na Assembleia Legislativa, um do PMDB e outro do PTB, e um na Câmara Federal, também do PMDB.
Além da médica, outras duas pessoas foram presas. Uma delas seria a responsável pelo local onde ocorriam as consultas e uma senhora que tinha ido levar a filha para fazer um exame. Outras cinco pessoas foram detidas, mas liberadas à noite.
Na casa onde ocorreram as prisões foram encontrados panfletos (santinhos) com propaganda em favor dos candidatos, títulos de eleitor e medicamentos de uso hospitalar.
Segundo moradores vizinhos à residência, localizada no bairro Recanto dos Vinhais, na zona nobre de São Luís, a casa era uma utilizada como uma espécie de associação de moradores, mas estava caracterizada com cartazes de políticos da coligação "O Maranhão não pode parar". A PF investigava o caso após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Procurados pela reportagem, os advogados da coligação da governadora Roseana Sarney negaram as acusações de compra de votos relacionadas a candidatos do PMDB ou PTB.