Eleições 2010

Dilma recebe apoio de artistas no Rio de Janeiro

19 out 2010 às 09:23

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, recebeu apoio de artistas hoje (18), durante encontro com representantes da classe cultural. Atores, músicos, escritores, cineastas e intelectuais assinaram um documento, que contava com mais de 10 mil assinaturas.

Entre os presentes estavam o compositor Chico Buarque e o arquiteto Oscar Niemeyer, que sentaram-se à mesa, ao lado de Dilma.


Ela discursou durante 54 minutos e defendeu as políticas de inclusão adotadas durantes os oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente nas áreas sociais e da educação.


"Somos a soma de gerações que vêm sonhando o Brasil, como Oscar Niemeyer, sonhando de décadas mais antigas. Eu comecei a sonhar nos anos 60. Era o sonho que o Brasil tinha de mudar, não podia ser de extrema desigualdade", afirmou Dilma à plateia que lotou os 926 lugares do Teatro Casa Grande, palco de lutas históricas durante a ditadura militar (1964-1985). Quem não conseguiu um lugar, ocupou os corredores e as escadas. Uma parte não conseguiu entrar e assistiu do lado de fora do teatro, por um telão.


Dilma fez um discurso marcado pelas comparações entre os governos anteriores e ressaltou os compromissos assumidos pelo governo Lula. "Ninguém respeita quem deixa uma parte de seu povo na miséria. Eu sei o tamanho do peso que carrego. Sei que agora é minha vez e vou honrar esta missão".


Também estavam presentes personalidades como Beth Carvalho, Leonardo Boff, Alcione, Fernando Morais, Wagner Tiso, Alceu Valença, Marilena Chauí, Emir Sader, Amir Hadad, Debora Colker, José Celso Martinez, Yamandu Costa, Diogo Nogueira, Elba Ramalho, Rosemeri e Paulo Betti.


Chico Buarque falou brevemente e demonstrou apoio ao projeto de governo, principalmente na área externa: "Temos um governo que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai".

Coube ao escritor e teólogo Leonardo Boff o principal discurso da noite, que antecedeu ao de Dilma. O ex-frei ressaltou durante 40 minutos o que considerou avanços do governo Lula e pediu continuidade política: "Se a esperança, com o Lula, venceu o medo, agora a verdade vai vencer a mentira".


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