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Democracia

O primeiro voto a gente nunca esquece

Thiago Nassif - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33

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- Olga Leiria/Equipe Folha
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Neste 5 de outubro, dia de eleições municipais, as amigas Ana Vitória Pagan Cardoso e Rayssa Furlanetto têm na ponta da língua o que vão fazer, além de descansar, ir ao cinema e colocar as matérias do colégio e da faculdade, respectivamente, em dia: a dupla acorda cedo e comparece à seção eleitoral para votar pela primeira vez. Sem encanações.

Ana Vitória e Rayssa, que tiraram o título recentemente, já escolheram seus candidatos a vereador e prefeito. ‘Levamos em consideração, além das muitas propostas e dos perfis, o que cada um poderia trazer de concreto à cidade a partir de 2009.’

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Contrária à lógica de que os jovens têm costume de torcer o nariz ao noticiário político, a dupla acredita e sabe que a política é importante em seu dia-a-dia. ‘Da mesma forma que uma decisão nos Estados Unidos afeta nossa economia, o que o prefeito da cidade vai definir é essencial para a trajetória da cidade’, aposta Rayssa, que é acadêmica do primeiro ano de direito.

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Para Ana Vitória, que cursa o terceiro ano do Ensino Médio, os jovens têm cada vez mais acompanhado os episódios e fatos envolvendo a esfera política. ‘Conheço muitos amigos que adoram falar sobre política. O não gostar, acredito, muitas vezes se refere aos políticos e aos atos ilícitos. O importante é que os exemplos ruins, de corrupção, nos levam à discussão e reflexão.’

Entre as muitas discussões que pontuam o encontro com mais amigos, Rayssa e Ana Vitória hasteiam a bandeira a favor do voto facultativo, como ocorre nos Estados Unidos. ‘Não somos favoráveis à obrigatoriedade, pois muitas pessoas não têm consciência do que trazem determinados candidatos e mesmo assim são obrigadas a comparecer às seções. Votar por coação é o mesmo que anular o próprio voto. Somos a favor do voto facultativo, mas achamos que todos devem ter consciência de que um voto faz a diferença, expressar sua opinião e que somos responsáveis pelo futuro de nossa cidade’, concluem.


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