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Ficha suja

Justiça Eleitoral impugna 11 candidatos em Maringá

Murilo Gatti - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33

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O juiz eleitoral da 66 Zona Eleitoral de Maringá, Airton Vargas da Silva, acatou o pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral de impugnação do registro das candidaturas do candidato a prefeito Rogério Mello (PTdoB) e de dez candidatos a vereador. Todos os dez são representantes da atual legislatura da Câmara de Maringá.

A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira (28). Os vereadores que tiveram o pedido de impugnação aceito são: Altamir dos Santos (PR), Aparecido Domingues Regini, o Zebrão (PP), Belino Bravin Filho (PP), Dorival Dias (PSDB), Edith Dias (PP), Francisco Gomes dos Santos, o Chico Caiana (PTB), João Alves Correa, o John (PMDB), Márcia Socreppa (PSDB), Marly Martin Silva (DEM) e Odair de Oliveira Lima, o Odair Fogueteiro (PTB).

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A Justiça Eleitoral comunicou ainda que foram deferidos os registros das candidaturas do postulante à prefeitura Claudemir Romancini (PSol) e dos candidatos a vereador: Mário Hossokawa (PMDB), Umberto Crispim (PMDB) e Valter Viana (PHS), que também tinham sofrido pedido de impugnação do MPE.

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O juiz ainda não se manifestou sobre o pedido de impugnação formulado pelo MPE contra a candidatura à reeleição do prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), e dos pedidos de impugnação protocolados pelo PTdoB contra os candidatos à Chefia do Executivo municipal João Ivo Callefi (PMDB) e Ênio Verri (PT). Um pedido de impugnação do PMDB contra a candidatura de Barros também aguarda a análise da Justiça.

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Rogério Mello afirmou que ainda não havia tomado ciência da decisão e nem quais eram os motivos alegados pelo juiz. ''Vou me reunir com os advogados e entrar com recurso'', afirmou. Mello ressaltou que atualmente não responde a nenhum processo.


''A minha condenação eu já cumpri, já paguei e apresentei a certidão para o juiz. Acredito muito na Justiça e creio que irei reverter este quadro'', apontou. A condenação a que se refere Mello é criminal decorrente do trabalho que exerce como policial.


Os vereadores Altamir dos Santos e Edith Dias afirmaram que vão continuar a campanha e que acreditam na reversão da decisão nas instâncias superiores. O vereador Belino Bravin Filho avaliou que a decisão do juiz estaria baseada numa condenação de nepotismo sofrida por ele e outros oito candidatos impugnados. ''Qual crime cometi ao colocar uma pessoa da minha família para trabalhar na Câmara? Tenho a certeza que a candidatura vai ser registrada'', considerou.

Até o fechamento da reportagem, as vereadoras Marly Martin Silva e Márcia Socreppa não retornaram a ligação. Os outros vereadores que tiveram a candidatura impugnada não foram localizados. Todos têm até quarta-feira para apresentar recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba. Já o TRE tem que decidir até o dia 6 de setembro.


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