O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (3) um novo pacote de sanções contra o Irã, por conta do recente teste de míssil realizado pelo país. Os alvos das medidas são 13 pessoas e 12 empresas e entidades iranianas supostamente envolvidas no programa armamentista de Teerã. Elas são acusadas pelos EUA de "contribuir para a proliferação de armas de destruição em massa" e de "ligações com o terrorismo".
Na última quarta-feira (1º), a Casa Branca já havia advertido o Irã por conta do teste do míssil e chamado o ato de "provocação". Já o governo iraniano disse que não houve "nenhuma violação" às resoluções das Nações Unidas.
O Irã é uma das sete nações incluídas no recente decreto do presidente Donald Trump que suspende por 90 dias a entrada em solo norte-americano de cidadãos de sete Estados de maioria muçulmana - os outros são Síria, Iraque, Iêmen, Líbia, Sudão e Somália.
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O mandatário republicano sempre criticou o acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências do planeta, que permitiu a Teerã continuar desenvolvendo seu programa atômico, desde que para fins pacíficos. "O Irã é indiferente às ameaças provenientes do exterior. Nunca começaremos uma guerra, mas usaremos nossas armas para nos defender", disse nesta sexta o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif.
O Irã também estuda, por meio de seu Banco Central, abolir o uso do dólar como moeda de referência em transações internacionais. Um possível substituto seria o euro, mas o Irã também possui intensas relações comerciais com grandes nações que adotam outras divisas, como a Rússia (rublo) e a China (yuan).