O filho do primeiro casamento da primeira-dama Marisa Letícia, adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marcos Lula (PT), teve negado seu registro de candidatura a vereador de São Bernardo do Campo (SP) pela Justiça Eleitoral. O filho adotivo de Lula tem 37 anos, é psicólogo e empresário e tentava participar de sua primeira disputa eleitoral.
O processo de impugnação teve início com uma ação do Ministério Público Eleitoral (MPE). A promotora eleitoral Vera Lúcia Acayaba de Toledo sublinhou o artigo 14, parágrafo 7º, da Constituição Federal, o qual aponta que parentes do presidente, mesmo por adoção, são inelegíveis.
Segundo o texto, não podem participar da eleição "o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da república, governador de Estado ou território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito".
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O presidente do PT de São Bernardo do Campo, Wanderley Salatiel, classificou como "retaliação política" a decisão da Justiça Eleitoral. "Não temos dúvida de que é uma retaliação política que só está acontecendo porque é o filho do presidente Lula", afirmou o dirigente, acrescentando que o partido, junto com a campanha de Marcos, já começou a estudar possibilidades de recurso. "Estamos confiantes que conseguiremos garantir essa candidatura", acrescentou.