A Volvo é a única das três montadoras instaladas no Paraná que ainda não fechou o acordo com seus trabalhadores. A data-base dos metalúrgicos é em setembro e até esta segunda-feira não havia um consenso entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, que está negociando o acordo coletivo em nome dos 1.400 funcionários da empresa. As montadoras Renault e Volkswagem fecharam acordo com o sindicato na última sexta-feira.
O prazo dado pelos funcionários para que a Volvo apresente uma proposta que seja aceita vai até quarta-feira, de manhã, quando a decisão será conhecida em assembléia. Se a empresa apresentar uma proposta viável, o acordo será assinado pelo Sindicato. Caso a proposta seja rejeitada, automaticamente os metalúrgicos entram em greve por tempo indeterminado.
O prazo legal de 48 horas para que a greve seja decretada já começou a correr desde esta segunda-feira, quando representantes da Volvo se reuniram com a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos. O diretor do sindicato, Claudio Gramm, disse que as negociações continuam e ele acredita que sairá uma proposta antes que os metalúrgicos decidam pela greve. Gramm disse que a Volvo ainda não melhorou a proposta apresentada anteriormente e que foi rejeitada pelos trabalhadores.
Conforme a última proposta, a Volvo está oferecendo reajuste de 7,31% para os salários até R$ 2.800,00 e um adicional fixo de R$ 204,68 para os salários acima desse valor, além de um abono de R$ 600,00 para todos os funcionários.
A montadora alega que já paga uma média salarial alta aos funcionários e por isso não pode melhorar a proposta. O Sindicato rebate essa justificativa, alegando que a Volvo não tem concorrentes em Curitiba. A montadora fabrica ônibus e caminhões e suas principais concorrentes estão em São Paulo, que já pagam um salário muito acima da média salarial da montadora paranaense.