O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira (2) que os juros do cartão de crédito rotativo vão cair, no entanto, as taxas devem permanecer altas até que o governo consiga um consenso com os bancos e a um "sistema mais saudável".
“Vai cair. Quando eu falo gradualmente, não é que vai cair de 430% para 420%. Vai cair muito, mas, mesmo caindo muito, vai continuar alto por um tempo até a gente cumprir uma transição. O que vamos contratar no sistema bancário é uma transição para um sistema que seja mais saudável do que esse”, comenta.
Em entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, Haddad frisou o “freio de arrumação” dado pelo governo na economia no primeiro semestre do ano – incluindo a redução da inflação, o que abre espaço, segundo o ministro, para a queda dos juros.
Leia mais:
Três municípios acumulam topos no ranking agropecuário do Paraná
Paraná: Programa 'Parceiro da Escola' é suspenso pelo Tribunal de Contas
Ato contra 6x1 na Paulista tem xingamento a Nikolas Ferreira e ausência da CUT e PT
Concurso para Ministério da Saúde terá 319 vagas em cargos de nível médio e superior
“Está todo mundo trabalhando na mesma direção, para arrumar a casa. Ao arrumar a casa e tendo esses benefícios – queda da inflação, queda do dólar –, tudo isso aponta numa direção técnica de um corte mais consistente. Hoje, o mercado está pendendo mais para 0,5 do que para qualquer outro número”, finaliza Haddad.
Já sobre o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, ele fez um balanço: quase R$ 3 bilhões em dívidas renegociadas até o momento. O montante, conforme ele, pode chegar a R$ 50 bilhões até o fim do ano. Em setembro, o programa entra na fase de renegociação de dívidas de serviços, lojas e contas básicas, como água e luz.