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Videogames modernos trazem realismo e interatividade

31 dez 1969 às 21:33

Os videogames são imbatíveis no mercado de entretenimento. Desde o lendário Atari, que virou febre na década de 1970, muita coisa mudou. Os equipamentos hoje são dotados de tecnologia avançada que traz um impressionante realismo para os jogos. Também existem várias opções de acessórios que podem tornar a diversão mais emocionante. Apesar de ainda considerados caros para a maioria no Brasil, os videogames de última geração estão bem mais acessíveis em relação à época em que foram lançados.

O PlayStation 3 (PS3), por exemplo, chegou o custar mais de R$ 5 mil em 2006 e hoje pode ser encontrado a partir de R$ 1,9 mil, dependendo do modelo. O Nintendo Wii é um pouco mais barato, em torno de R$ 1,7 mil. Eles estão entre os principais videogames do mercado.


O PS3 surgiu com a propaganda de ser uma supermáquina, superior a um computador doméstico. Tem saída de vídeo em alta definição, entradas USB, conexões wi-fi, bluetooth e discos rígidos de até 160 GB. Além de executar jogos, serve para rodar CDs de música, reproduzir blu-ray, navegar na internet. O videogame traz imagens com grande sofisticação gráfica e desafios considerados complexos. Os controles do equipamento não precisam de fios.


‘As pessoas buscam o PS3 em função dos jogos bem mais acabados, da alta definição de imagem. É bem próximo da realidade’, diz o comerciante Carlos Sanches, da Nick Presentes, em Londrina. Ele vende o PS3 e seu antecessor, o PlayStation 2, que custa R$ 690. Segundo Sanches, o videogame mais antigo ainda tem boa procura, principalmente entre o público infanto-juvenil, mas deve sair em breve do mercado assim como aconteceu com o PS1.


Quem comercializa o PS3 geralmente informa ao consumidor da necessidade do cabo HDMi (que tem dois canais de áudio e três de vídeo) para se obter a resolução 100%. ‘Não é só a TV de alta definição que ajuda na melhor imagem, tem que ter o cabo adequado’, reforça Luciano Neto Bittencourt, vendedor da Nick. O preço médio do cabo HDMI é R$ 70.


Enquanto o PS3 se destaca pelos jogos estratégicos e a definição da imagem próxima do real, o Nintendo Wii tem como principal atrativo a interação nos jogos. Por ser divertido e fácil de jogar, atrai principalmente crianças e idosos. Através dos controles, os jogadores praticam esportes como golfe, boliche, esqui ou jogos de tiro. Numa partida de beisebol, por exemplo, o controle é o taco na mão do jogador. E o sensor consegue medir a intensidade do movimento para determinar a força com a qual a bola será rebatida. Em outros jogos, o controle pode se transformar em voltante, manche, espada ou arma de fogo.


O aparelho vem com cinco jogos de fábrica e o comerciante Carlos Sanches diz que a loja oferece mais três a escolha do consumidor. ‘A jogabilidade é muito legal, pois força o organismo a competir. E cansa de verdade. A pessoa não fica sentada com o controle na mão sem piscar’, explica ele. Uma pesquisa feita no ano passado na Inglaterra mostrou que o Nintendo Wii é o equipamento tecnológico que mais deixa os usuários alegres naquele país.


Sanches também trabalha com dois tipos de videogames portáteis: o PSP (R$ 950), da família PlayStation, e o DS (a partir de R$ 690), da Nintendo.


Jogos estão fora do mercado pirata


Os jogos do PS3 e do Nintendo Wii não permitem cópia e, portanto, estão fora do mercado pirata. Custam entre R$ 190 e R$ 290 (lançamentos). No caso do PS3, para crianças são indicados títulos de aventura


(‘Sonic’, ‘Indiana Jones’, ‘Kung Fu’). Já os adultos preferem temas mais ligados à realidade. ‘Além de corrida, o que faz sucesso é luta, tiro, roubo’, conta o vendedor Luciano Neto Bittencourt. Entre os campeões de venda estão ‘Assassin’s Creed’, ‘GTA IV’ e ‘Call of Duty V’. ‘Para este mês de março, o pessoal está na expectativa do ‘Residente Evil V’ e do ‘Street Fighter IV’, adianta.


Bittencourt observa que os jogos do PS3 envolvem ‘estratégia’ e muitas pessoas jogam em rede. ‘Há jogos em que você liga o cabo da internet no aparelho e disputa com gente do mundo inteiro através de salas’, repara. Para os jogos de corrida, os acessórios (volantes com pedais e marcha) dão mais emoção.


O Guitar Hero é um jogo que desperta a atenção de crianças, adolescentes e adultos. Uma das versões do game foi feita especialmente para a banda de rock norte-americana Aerosmith. Traz 30 músicas do grupo e está disponível também para o Nintendo Wii. O jogador precisa acertar no controle a sequência de notas que aparecem na tela para ganhar pontos. O game original, incluindo a guitarra, sai por R$ 650. ‘Cada botão que você acerta é o som da guitarra que sai na TV. Você participa do show, junto com a banda’, descreve Bittencourt.


Especificamente para o Nintendo Wii, um dos jogos mais comentados é o Wii Fit, que custa em média R$ 650. Criado para a família inteira se exercitar, utiliza uma plataforma que pode medir o peso do usuário e seu centro de gravidade. O jogo apresenta cerca de 40 atividades diferentes, divididas nas categorias de yoga, aeróbica, flexões e exercícios de balanço.


‘É uma válvula de escape, desestressa’


O empresário Marco Antonio Maluf Martins, 26 anos, gosta tanto de videogame que comprou logo um portátil para poder jogar onde estiver. ‘É uma válvula de escape, deses-tressa’, diz ele, que tem o portátil PSP e o PlayStation 3. A paixão dele começou na infância com o Atari e passou por outros como o PlayStation 2.


Ele carrega o portátil por todos os lugares, na mochila, e sempre acha um tempo para jogar. Martins fica em média uma hora e meia por dia no videogame e nos finais de semana o tempo se estende. Também tem o hábito de jogar em rede, com pessoas de várias partes do Brasil. ‘Por causa da baixa velocidade da nossa internet na região, jogar com gente de outros países fica difícil, pois eles têm internet muito mais rápida. Daí, aqui trava e lá continua’, conta.

Ele compra entre dois a três jogos por mês e não perde um lançamento. Adquire games originais novos e também usados (pela internet). Os preferidos são os de corrida e aventura. ‘Agora, estou planejando comprar o volante (acessório) para tornar as corridas mais emocionantes’, conta.


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