Ah, o verão! Época de roupas leves, praia, sol batendo no rosto e hidratação redobrada. Mesmo na Capital parananense, onde a estação costuma ser mais amena, a dica é válida. O corpo humano exige maior reposição de líquidos, já que há perda de água (transpiração) pelo organismo para regular a temperatura interna – o ideal é ingerir cerca de 2,5 litros/dia. O que não falta são opções para refrescar o calor.
A água mineral é mais procurada neste período. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral (Abinam), o consumo cresce 40%, mas o brasileiro bebe em média 39 litros ao ano – um número muito baixo em comparação à média européia de 110 litros ao ano – embora o mercado cresça 15% ano e gere R$ 1 bilhão em negócios. A média de preço da garrafinha de 500 ml é de R$ 1,50.
Para a mestre em fisiologia do movimento humano e professora de pós-gradução em Nutrição, Adriana Murara, a água é a principal fonte de hidratação e indispensável. Mas ela indica outras boas formas de se hidratar como beber sucos de frutas, chás e água de coco para a reposição de sais minerais e vitaminas. Em dias de calor intenso, os isotônicos devem ser consumidos. ‘Uma alimentação rica em produtos com bastante água como verduras e frutas contribui para a saúde nesta época’, diz. Destaque para a melancia, melão e a laranja – que apesar de ser calórica é excelente repositora.
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Para quem deseja manter uma boa hidratação durante o verão e não consumir ‘calorias a mais’, prefira os sucos mais simples, sem muitas misturas e sem nenhum tipo de açúcar adicionado, podendo utilizar os adoçantes artificiais.‘Cerveja, nem pensar!’, afirma Adriana. ‘A primeira sensação é de refrescância, mas quando o álcool chega na corrente sanguínea, ele provoca aumento da temperatura corporal e desidrata’, avalia.
A especialista também não recomenda refrigerantes devido ao alto teor de açúcar (versão normal) e ao gás, que pode impedir o organismo de absorver alguns minerais. No entanto, os refrigerantes são os campeões nesta época, com 75% da preferência. Os meses de dezembro a fevereiro representam 40% do consumo anual do produto. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoolicas (Abir). Em 2007 foram engarrafados no País, 13,6 bilhões de litros de refrigerante. A perspectiva é que o consumo tenha crescido 5% em 2008 – cada brasileiro bebe cerca de 75 litros ao ano. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial e o nosso mercado cresce em média 25% ao ano.
Os sucos engarrafados devem fechar o balanço do ano passado com alta de 25%, segundo a Abir. ‘Mesmo fora do verão, a indústria está percebendo uma evolução no consumo de sucos e água mineral. As águas saborizadas estão apresentando boa receptividade, principalmente porque acompanham refeição e transmitem um apelo de vida saudável’, comenta o diretor da Abir, Paulo Mozart.
Quanto aos chás, Adriana os divide em cafeinados como mate, chá verde e chá preto e os de ervas e frutas. Os primeiros são estimulantes e não devem ser tomados antes de dormir. Os outros estão liberados para qualquer hora do dia. Os chás industrializados de copinho também são benvindos. A água de coco é uma opção com baixo valor calórico (19 calorias cada 100ml) que hidrata o organismo rapidamente por ter a composição nutricional semelhante a do soro fisiológico. A bebida é ótima para repor eletrólitos como sódio e potássio.
Isotônicos repõem sais minerais
Verão também combina com a prática de esportes, em especial àqueles ao ar livre, e neste caso, a perda de água pode ser além do habitual por causa do calor. O reforço de isotônicos é uma boa pedida para repor os sais perdidos pelo suor. Segundo Adriana, que também é especialista em nutrição esportiva, a bebida não é parceira apenas dos atletas. Qualquer um pode tomar, contanto que esteja exposto às altas temperaturas (como na praia) ou desidratado. ‘Gestantes, hipertensos e portadores de problemas renais não devem ingerir sem acompanhamento médico por causa do sal’, explica.
O professor de educação física e atleta Alisson Tracz aumenta a quantidade de líquidos durante a estação mais quente do ano, tanto no treino pessoal quanto nas aulas que ministra. Na academia, ele não dispensa o isotônico para repor os eletrólitos, quando faz exercício por mais de 50 minutos. Caso contrário, regula o organismo com alimentação – água e frutas (sempre estão na mochila). Como também é meio-maratonista e iron man, em treinos na estrada, ele redobra a atenção. ‘Sinto uma diferença enorme entre o verão e as outras épocas do ano. Se eu não me cuidar, desidrato fácil. Entre os prediletos estão o suco de soja e a água de coco’, comenta. (C.P.)
Faça você mesmo
Um isotônico industrializado, na embalagem de 500 ml, custa em média R$ 3 nos supermercados. A nutricionista Adriana Murara sugere fazer em casa, sem perder os principais componentes hidratantes. Em média, o produto apresenta 5% de açúcar.
Receita isotônico caseiro:
- 1 caixinha de gelatina comum (não pode ser diet) de qualquer sabor
Diluir o produto em 2 litros de água pura
Adicionar um boa pitada de sal de cozinha
Ao colocar em geladeira, a mistura pode gelificar.
Neste caso, basta agitar e beber em seguida.