Quer aproveitar o final de ano para viajar e não tem com quem deixar o seu cão? Pode ir tranquilo, basta procurar um serviço de hospedagem para o seu companheiro de quatro patas. Vários estabelecimentos têm se firmado neste ramo nos últimos anos, com atendimento especializado a esses hóspedes.
Há três anos a representante de gráfica Hildeli Teixeira começou a hospedar cães em seu apartamento. Ela conta que sempre gostou muito de animais, de todos os tamanho.s A ideia de hospedar cães surgiu quando assistia a um programa de variedades na televisão e viu a reportagem sobre o serviço. ''Lembrei que uma vez fui viajar e tive dificuldade para encontrar um lugar para deixar o Baby (seu shitso de estimação), então resolvi abrir o negócio.''
Tia Hilda (como é conhecida) hospeda os clientes em seu apartamento, por isso só pode receber os de pequeno porte, e além dos cuidados básicos, oferece carinho e os coloca para dormir na cama com ela. ''Faço isso porque geralmente ficam carentes longe de seus donos'', explica. No espaço Babá Cão os pequenos têm liberdade, nunca ficam presos e podem até sentar no sofá e se sentir em casa, à vontade. Todos são chamados pelo nome ''O meu diferencial é o amor'', garante.
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''Tenho facilidade para me comunicar com eles. Quando chego para buscá-los é uma festa'', conta. Cachorros de portes médio e grande são atendidos em suas próprias casas. A babá serve os alimentos uma ou duas vezes ao dia, conforme o pedido do dono, e leva o animal para passear. O atendimento em domicílio custa R$ 35 a diária, já no hotel R$ 25.
O principal requisito para deixar o cão hospedado é estar com a carteira de vacinação em dia. É necessário, também, levar a alimentação e a guia para passei.o As cadelas não devem estar no cio. Tia Hilda tem o cadastro de todos os seus clientes, constando nome deles e dos donos e o contato com o veterinário responsável. ''Se o animal não tem um, levo na minha veterinária, caso precise quando estiver comigo, e a despesa fica por conta do proprietário'', diz.
O pacote mensal para passeio três vezes na semana sai por R$ 140 e para duas vezes R$ 90. O tempo, segundo Tia Hilda, é determinado pelo próprio cão. ''Geralmente fica em torno de trinta minutos, mas se o animal gosta bastante de passear, eu estendo o tempo, tudo depende dele, por isso passeio com um de cada vez''. Os passeios são realizados pela manhã ou no final da tarde, quando o sol está mais ameno.
Há 37 anos o Canil Bottine cuida dos melhores amigos dos homens. Em períodos festivos, como Natal e Ano Novo, por exemplo, o espaço fica mais animado pelos hóspedes, que já chegaram a somar 139 na mesma época. O valor diário é de R$ 15 e o mensal R$ 300. O pacote inclui um passeio e alimentação (que o proprietário deve levar). ''Se preferir, pode levar também a caminha e vasilhas de água e ração'', diz Nilza Botini, dona do canil.
Já não há vagas para cães de grande e médio portes para Natal e Ano Novo. Restam poucas vagas apenas aos de pequeno porte Nilza conta que muitos permanecem hospedados desde as vésperas do Natal até a virada do ano, por isso o local fica lotado ''Uns estranham e outros não querem ir embora'', afirma.
O espaço tem 41 baias e 3 mil metros quadrados de gramado para melhor acolher os clientes de quatro patas.
Serviço:
Tia Hilda também oferece atendimento a gatos, somente em domicílio, e passarinhos. O Hotel fica na Rua Tocantins, 170 - Vila Nova, telefone 9994-6563.
Os dias 24, 25 e 26 já estão lotados, mas ainda restam vagas para o Ano Novo. O Canil Bottine atende na Rua China, 319, telefones 3341-6927 e 8407-4473, endereço eletrônico www.canilbottine.com.br.
Mais que cuidado: carinho
Por três anos, quando ia viajar, Elisabete Yunomae levava a sua beagle Pepa para passar uma temporada no Canil Bottine. Há sete meses a fêmea morreu e ela adquiriu a Ana, de raça indefinida, que está hospedada no espaço há quase quatro meses. ''Como ela tem porte grande, não pode ficar acomodada em meu apartamento e enquanto não a levo para um lugar maior, deixo sob os cuidados do canil, tranquilamente'', diz.
''Hoje em dia é muito importante existirem serviços de hospedagem para cães porque para muitas pessoas eles são tidos como entes da família e por isso devem ficar num lugar de confiança'', observa.
Elisabete conta que no caso da Pepa, o espaço era fundamental para poder correr durante o dia. Já para Ana, a hospedagem tem surtido muitos resultados positivos, que podem ser comprovados, de acordo com a dona, pela disposição e felicidade da fêmea. ''Quando a tiro do canil para passear ou levar ao veterinário, pula de alegria quando chegamos de volta'', afirma. ''Percebo que há uma relação de carinho construída entre ela e os cuidadores''.
Desde que a Babá Cão iniciou os serviços, a poodle Lili, de sete anos, fica sob os seus cuidados. A dona, Irene Sofia Knutsson, conta que tinha dificuldade em encontrar alguém fixo para passear com a sua cadelinha e cuidar dela enquanto viajava. ''A Lili se deu muito bem com a Tia Hilda'', diz. ''Em casa ela dorme comigo e no hotel com a babá, o que torna o atendimento diferenciado'', observa.
Sempre que viaja, Irene deixa a poodle na hospedaria, onde já ficou por 10 dias seguidos ''e não deu nenhum trabalho''. Como não pode caminhar com frequência, a dona também contratou o serviço para passeio por três vezes semanais. ''É um atendimento que vale a pena; uma ótima opção para quem não pode levar o animal de estimação para passear''.