É difícil escolher qual ração comprar para o seu cão com tantas opções nas prateleiras dos supermercados e pet shops? Para começar esta tarefa, é necessário levar em conta, primeiramente, os valores nutricionais que o seu amigo de quatro patas precisa, pois a escolha errada pode custar caro para a saúde dele e para o seu bolso.
Preocupações como essa justificam o crescimento que o segmento Pet Food tem experimentado. O faturamento em 2009 foi de R$ 6,2 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet). O valor representa 6% de crescimento no comparativo a 2008. Os números do fechamento apresentaram ligeira queda de volume faturado, representando 1.752.295 toneladas no acumulado do ano (-1.8% em relação a 2008). Para 2010, a expectativa de crescimento para o mercado de alimentos Pet é de 3%.
Mas não são só as vendas desse mercado que estão em alta. Aos proprietários de bichinhos, o setor oferece constantemente novidades visando sempre atender as necessidades e o paladar da ''clientela''. A veterinária Andréa Rossi Ramos alerta, entretanto, que não basta escolher um pacote de ração para filhote tendo como base apenas o preço, ''é essencial atender às necessidades dos cães com a ração correta para o seu tamanho e raça''.
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Para começar, ela explica que comidas caseiras não devem ser servidas por não conterem os valores nutricionais equilibrados necessários aos animais e devido aos temperos e corantes, são maléficos aos bichinhos, que têm mais sensibilidade gástrica e por isso pode causar diarreia e vômito.
As rações têm composição específica necessária para manter a saúde do animal, como proteína, vitamina, sais etc, que são fundamentais para o equilíbrio da pelagem e das fezes, por exemplo. Basicamente, as rações podem ser divididas em populares ou de combate; standard; premium e super premium.
As populares são mais baratas porque os alimentos selecionados para o preparo têm qualidade inferior. As standards também são de segunda linha e estão no meio termo entre as de combate e premium. Por serem produtos de primeira qualidade em nutrição, as rações premium e super premium são mais caras; elas promovem maior digestibilidade e vida mais saudável ao animal. O pacote de um quilo da super premium custa em média R$ 35. O mercado dispõe, ainda, de rações medicamentosas (importadas), desenvolvidas para o tratamento de doenças.
''Se o animal for de pequeno porte, vale a pena dar uma super premium para ele, pois o custo benefício é muito bom'', afirma. ''Devemos sempre adequar a necessidade do cão à nossa condição financeira, tomando os devidos cuidados com sua saúde'', complementa. A ração deve ser servida duas vezes ao dia e nos intervalos, podem ser dados petiscos como ossinhos e bifes.
Outra orientação da veterinária é não servir ração de filhote para adulto e vice-versa. ''A ração para filhote tem mais nutrientes porque está em fase de crescimento e a de adulto também tem os itens específicos para a idade'', explica.
Para saber se a ração está atendendo as necessidades do animal, basta ficar atento a alguns detalhes. Pelagem mais opaca ou com queda, recusa ao alimento ou mesmo comendo não ganha peso, podem ser sinais de que a comida dele precisa ser trocada. Os cães, segundo Andréa, são menos seletivos que os gatos porque têm paladar menos aguçado.
Rações de 1 qualidade
Na linha super premium, o quilo da Frost custa R$ 14,90 na Pet Shop 4 Patas; a Royal Canin, Premier e Hill's saem por R$ 35. Na linha premium, a ração Golden de três quilos custa R$ 45,90; a Tutano, de dois quilos R$ 24,90 e a Proplan R$ 26,90 o quilo.