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Telefonia

Portabilidade: qualidade é tão importante quanto preço

Redação Bonde
27 out 2010 às 12:07

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- Divulgação
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Já sabemos que o Brasil possui uma das tarifas de telefonia mais caras do mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), ao comparar com outros países em desenvolvimento, apenas Brasil e Zimbábue têm preços acima de US$ 120 para um pacote padrão de serviços composto por 165 minutos de conversação, 174 mensagens de texto, uma mensagem de foto, um download de toque e 2,1 megabytes em transferência de dados.

Seria esse o motivo pelo qual, em dois anos, 6,712 milhões de usuários de telefonia no País já tenham trocado de operadora, aproveitando da portabilidade numérica para manter suas linhas?

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Na opinião da analista do Gartner, Elia San Miguel, embora seja importante, o preço não é fator determinante para levar os brasileiros a pedirem a troca de operadora. Segundo ela, quando se implanta a portabilidade numérica em determinado mercado, ocorre por parte das operadoras uma agressividade maior em relação aos planos. "Porém, em toda a América Latina, os celulares são predominantemente pré-pagos, chegando a mais de 80% das linhas no Brasil. Não dá para a operadora fazer muito milagre, com uma oferta tão agressiva para um cliente que gasta R$ 20 por mês", comentou Elia.

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Segundo ela, esses clientes só vão trocar quando, por alguma razão, eles perceberem que a outra operadora tem alguma oportunidade melhor, que pode ser relacionada ao preço ou a algum serviço. "Não dá para falar que é só o preço, mas uma equação. Para alguém que tem família fora da cidade, acaba sendo mais interessante uma operadora que atue melhor nas ligações em longa distância", acrescentou a especialista. Também é interessante a troca quando a rede de relacionamentos estiver concentrada em uma outra operadora.

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Insatisfeitos


Já a diretora de marketing da Oi, Flávia Bittencourt, destaca que a portabilidade numérica foi essencialmente importante para os clientes pós-pagos. "São taxistas, profissionais liberais, usuários muito mais ligados ao número que os demais. Eles tinham uma insatisfação em relação à qualidade da operadora dele, mas usavam aquele número para o trabalho e, mesmo com a entrada de outras companhias e infelizes com as suas, eles não podiam mudar", declarou.

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A qualidade do serviço também é destacada pela analista do Gartner. Para Elia, nos planos pós-pagos, o cliente é mais exigente e é frequente ele mudar de operadora porque não gosta do atendimento. "Ele vai buscar a melhor equação de preço e relacionamento", afirmou.


Elia acrescenta que é muito difícil para a operadora identificar o perfil de uso do cliente. Nos planos pré, é ainda mais. "Nos mercados mais maduros, onde já é realidade que o marketing conheça bem seu cenário e seu cliente, elas ofereçam serviços de valor adicionado à sua satisfação. Isso costuma garantir a fidelidade do usuário, e com fidelidade você diminui a portabilidade".

Flávia Bittencourt, da Oi, resume: "São duas coisas que atraem o usuário a portar seu número para outra operadora: ou ele está insatisfeito com sua companhia atual por conta da qualidade do serviço ou outra operadora o abordou com uma oferta ou plano mais agressivo", finalizou. (Fonte: InfoMoney)


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