Da mesma forma que as motos avançam em tecnologia, as roupas e acessórios para o motociclista apresentam o que há de mais moderno em design, conforto e segurança. Existe um grande número de fabricantes e importadores desses itens e um público crescente disposto a investir. São produtos caros, mas imprescindíveis para quem quer aproveitar com segurança o prazer de viajar sobre duas rodas.
Como a moto não tem a proteção da carroceria, as roupas ajudam a garantir a integridade física. Por isso, os produtos devem ter qualidade. Um kit básico fica em torno R$ 1,5 mil, incluindo calça, jaqueta, bota, luvas - todos em couro - e capacete. ‘São produtos básicos, de preços médios, que todo motociclista tem que ter para viajar com segurança. Mas há outros bem mais caros’, observa Danieli Regina Valério, da loja Street Cycles, em Londrina.
O capacete, item principal, tem que trazer o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). O consumidor deve observar, entre outros itens, se a viseira é de boa qualidade. ‘Tem que ser resistente para não rachar caso bata algum bichinho ou pedrinha. Portanto, não vale a pena comprar capacetes de R$ 50, pois são descartáveis’, diz Danieli, que vende o equipamento a preço médio de R$ 200.
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Em geral, os capacetes modernos trazem bons resultados em termos de aerodinâmica e estabilidade em altas velocidades e são bem leves. No mercado, há modelos vendidos por até R$ 3 mil.
As jaquetas em couro, almofadadas nos ombros e cotovelos, são mais resistentes em caso de queda. Por R$ 450 é possível adquirir uma peça de qualidade, mas há peças de R$ 1,5 ou mais. Essa linha top traz reforço em ABS nas áreas dos ombros, cotovelos e coluna.
Muitos motociclistas, porém, estão optando por um material diferente, a cordura, que além de oferecer proteção nas quedas, é impermeável. ‘Hoje, a cordura vende bem mais que o couro, principalmente porque protege da chuva. Para oferecer essa proteção, o couro tem que ser hidrofugado, só que aí já sai bem mais caro’, afirma Danieli. Os modelos de primeira linha, que trazem proteção interna em ABS, custam em torno de R$ 1 mil.
Tanto em couro quanto em cordura, as jaquetas possuem forro térmico removível. Isso significa que a mesma peça pode ser usada no inverno e no verão. Também há calças em cordura (entre R$ 500 e R$ 600), que trazem reforço nos joelhos e nas laterais das pernas.
Quanto às botas, as específicas para motociclistas precisam garantir flexibilidade e ter cano alto para proteger o tornozelo. O solado, geralmente, é emborrachado e antiderrapante. O preço médio é R$ 250. As luvas, também reforçadas, em couro, custam em média R$ 300.
Em geral, as roupas e acessórios na linha esportiva (para donos de motos que priorizam a velocidade) têm preços bem mais altos do que, os já citados, na linha custom (para quem dirige moto estradeira, onde o conforto fala mais alto). ‘As peças esportivas são mais coloridas e cheias de detalhes. Esses motociclistas preferem roupas justas, que conferem melhor desempenho na estrada’, repara Danieli. Um exemplo são os macacões, que podem custar até R$ 4 mil. Ainda nessa linha, uma bota chega a R$ 1,5 mil e um par de luvas, R$ 500.
A empresária afirma que existe moda entre os motociclistas, que assim como trocam de moto também querem substituir as roupas. Na internet, é possível encontrar sites anunciando roupas voltadas para mulheres com cores brilhantes e pedras encravadas. Independente de estilo, porém, todas as roupas são desenvolvidas para eliminar os efeitos desagradáveis causados pelas condições climáticas na estrada.
Motociclista não pega estrada sem ‘kit básico’
O engenheiro agrônomo Eduardo Gonzaga de Oliveira é motociclista há 30 anos e conhece a importância de sair pelas estradas bem equipado. No seu kit básico entram capecete, botas e luvas de couro e jaqueta de cordura. ‘São coisas essenciais para quem viaja de moto’, diz ele, dono de uma Harley Davidson e integrante de um grupo que tem paixão pelas aventuras sobre duas rodas.
Oliveira, que já foi de moto para Minas Gerais e Rio Grande do Sul e viaja toda semana pela região de Londrina, destaca a eficiência da jaqueta de cordura. ‘Ela te protege da chuva e seca rápido. O único problema é que esquenta bastante. Já o couro encharca, fica superpesado na chuva. Depois que conheci a cordura, nunca mais usei couro’, diz.
As proteções internas da jaqueta, nas áreas dos ombros e dos cotovelos, funcionam mesmo. ‘Uma vez, estava parado de moto, pisei em falso e caí. Bati o cotovelo, mas não chegou a machucar por causa das proteções’, conta.
O engenheiro observa que os acessórios e roupas para motos ‘não são baratos’, sobretudo os de melhor qualidade, mas não dá para fugir deles. ‘Só quem pega a estrada sabe o quanto é importante estar bem equipado’, afirma.