Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Animais de estimação

Moda fashion "pra cachorro"

Giovana Chiquim/Especial para a Folha
17 ago 2010 às 11:33

Compartilhar notícia

São Paulo e Nova Iorque já tem uma "Fashion Week" apenas com moda animal - Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet) estima que o Brasil possui a segunda maior população de cães do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com os números divulgados pela Anfal Pet, o país possui 32 milhões de cachorros e 40 mil pet shops.

Em proporção à população de cães e gatos, a quantidade de lojas especializadas em artigos para animais é superlativa. Significa que há um estabelecimento para cada 1.2 mil bichos - contra uma farmácia para cada 2.6 mil pessoas no Brasil. O mercado de produtos e serviços para animais de estimação movimenta R$ 9 bilhões por ano no Brasil.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


No inverno os pet shops registram um crescimento nas vendas de roupas para proteger os animais das baixas temperaturas. De acordo com Mônica Tavares, proprietária da loja Sr. Bicho, que tem unidades em Londrina e Curitiba, as vendas crescem de 30% a 40 % na estação mais fria do ano. São diversos modelos para aquecer os animais de estimação e torná-los mais charmosos, como vestidos, capas, cachecóis, bonés e gravatas, sem falar nos acessórios, nas coleiras e fivelas. ''Entre os modelos preferidos estão os casacos de pele sintética, as capas forradas com flanela para os machos e os vestidinhos de manga comprida para as fêmeas. Os sapatinhos também vendem bastante e não são usados para enfeitar o cãozinho. Eles evitam o contato dos animais com o solo contaminado'', afirma.

Leia mais:

Imagem de destaque
Fase de aprovação

Prefeitura quer beneficiar contribuintes em dia no IPTU com descontos progressivos

Imagem de destaque
Preços a partir de R$ 5

Associação de Voluntários do HU promove bazar beneficente

Imagem de destaque
Neste final de semana

Shopping de Londrina fará liquidação fora de época com descontos de até 70%

Imagem de destaque
Aproveite!

Bazar em Cambé venderá roupas a partir de R$ 2


A empresária considera o negócio promissor e pretende transformar a loja em franquia. Em agosto, inaugura a loja virtual e comenta que as roupas para animais seguem as tendências da moda. ''Os 'estilistas' do mundo animal costumam se inspirar na moda exibida nas passarelas. Tanto que em São Paulo já existe o Pet Fashion Week, que também é realizado em Nova Iorque'', diz.

Publicidade


Mônica Tavares conta ainda que a marca confecciona roupas por encomenda. ''Alguns donos gostam de vestir seus cães com roupas parecidas com as suas, usando a mesma estampa no tecido, por exemplo'', relata.


A empresária Débora Vitorino admite gastar R$ 200 por mês com os dois cãezinhos da família: o maltês Sansão e o mini duschound Buddy. ''No início achava estranho o hábito de vestir animais. Mas eles ficam muito bonitos e chamam a atenção das pessoas quando saem para passear'', justifica. Além das compras mensais os animais ganham roupas novas a cada nova estação. Os filhos Débora (16) e Mateus (11) cuidam de avisar a mãe quando veem novidades no comércio.

Publicidade



Não perder o foco: bicho é bicho



A professora Sílvia Manduca Trapp, do curso de veterinária da Univesidade Norte do Paraná (Unopar), especialista em clínica médica de cães e gatos, orienta que o algodão é o melhor material para a confecção de roupas para cachorro. ''É preciso ter bom senso na hora de escolher os modelos de roupas para animais de estimação. Aconselho a preferência por peças de algodão, pois esse tecido permite a ventilação. O melhor é evitar as roupas sintéticas, que podem provocar alergia'', recomenda.

Publicidade


A especialista também alerta que para proteger os animais de viroses a medida correta é a profilaxia. ''Usar sapatinhos não é a alternativa mais viável para evitar as doenças, já que algumas infecções não são transmitidas no solo, mas no contato com secreções, por exemplo. Portanto, a forma correta de manter o cachorro saudável é administrar as doses de vacina corretamente, com a supervisão de um veterinário. Não podemos perder o foco e devemos tratar o cão de acordo com a espécie dele'', orienta.


O novo status que cães e gatos estão assumindo nos lares tem pelo menos duas razões sociais distintas. A primeira diz respeito ao encolhimento das famílias. O segundo fator é o crescimento do contingente de pessoas que vivem sozinhas nas grandes cidades e buscam um companheiro animal. ''Hoje, são raros os casais que optam por ter mais de um ou dois filhos. As famílias estão diminuindo e, com isso, substituem o terceiro filho quase sempre por um cão ou gato'', explica Mônica Tavares.

Publicidade



Mudanças na relação homem X animal


Iniciada entre 25 mil e 50 mil anos atrás, a relação entre homens e bichos domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários. Cães vigiavam aldeias, ajudavam a caçar e pastorear. O primeiro indício concreto de um elo de emoção entre um humano e um animal data de 12 mil anos: são restos fossilizados de uma mulher abraçada a um filhote de cão, encontrados no Oriente Médio.

Publicidade


O certo é que o afeto remodelou, ao longo dos séculos, os laços que nos ligam a cães e gatos. E continua a remodelá-los. É o que revelam pesquisas de comportamento ao mostrar que, mais até do que amigos, os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem. Na Europa e nos Estados Unidos, o porcentual de donos que consideram seus bichos como familiares já chega a 30%. No Brasil, de acordo com pesquisas da multinacional francesa Evialis, uma das maiores fabricantes de alimentos para animais de estimação no mundo, esse índice é de 10% - mas aponta para cima.


A Radar Pet - uma pesquisa recém-concluída com 1.307 pessoas de oito metrópoles, idealizada por uma entidade do setor, a Comissão Animais de Companhia (Comac) - fornece uma visão da intimidade dos brasileiros com seus cães e gatos. Eles estão presentes em 44% dos lares das classes A, B e C - e em lugares como Porto Alegre, Curitiba e Campinas já figuram em mais de metade das casas.


O novo status que cães e gatos estão assumindo nos lares tem pelo menos duas razões sociais distintas. A primeira diz respeito ao encolhimento das famílias. Hoje são raros os casais que optam por ter mais de um ou dois filhos - o terceiro filho, que costuma desembarcar em casa quando os outros dois já estão mais crescidos, é quase sempre um cão ou gato. Como demonstra o Radar Pet, as famílias em que os filhos adolescentes ou adultos ainda moram com os pais são aquelas em que a presença dos bichos é mais forte.

O segundo fator é o crescimento do contingente de pessoas que vivem sozinhas nas grandes cidades e buscam um companheiro animal. Cães e gatos têm chances menores de obter abrigo nos lares formados por casais com filhos pequenos. ''Nessa fase, as crianças monopolizam as atenções. Não sobra tempo para os animais'', diz o executivo Luiz Luccas, presidente da Comac.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo