Férias, verão e várias opções de roteiros. Quem gosta de turismo de aventura não precisa ir muito longe de casa, no Brasil, devido à natureza exuberante. Mas estar vestido e calçado de forma adequada, além de carregar os acessórios necessários, é sempre o melhor caminho para uma aventura sem contratempos. Pessoas experientes no assunto dão a dica para os iniciantes: recorra às lojas especializadas e pesquise sobre materiais e modelos antes de comprar qualquer produto.
Hoje, o mercado oferece tecidos tecnológicos e opções práticas que facilitam a vida de quem vai passear por regiões de montanhas, matas, cachoeiras e ainda acampar nesses locais. Tudo começa por um bom calçado. Uma bota, seja de cano curto ou longo, é fundamental para proteger os tornozelos. ''Com bota, você pode pisar em terreno irregular sem correr o risco de torcer o pé'', observa Erick Vinícius Masironi Volpini, que pratica escalada e montanhismo há cinco anos.
O importante é que o solado seja de borracha resistente, para garantir durabilidade. ''Em certos lugares, como o Pico das Agulhas Negras (entre Rio de Janeiro e Minas Gerais), quem sobe de tênis comum desce descalço, pois o calçado não aguenta'', alerta Marcio Carvalho, também praticante de montanhismo e escalada há dez anos.
Quanto à meia, o mercado oferece hoje opções feitas de fibras especiais, que promovem a evaporação rápida do suor, evitando bolhas nos pés. A calça pode ser de supplex com cordura, cujas vantagens são secagem rápida, leveza e resistência. Os modelos que viram bermudas são interessantes pela praticidade.
As camisetas específicas para aventureiros seguem o padrão dos tecidos leves, que também não acumulam suor, como o dry fit. Ainda que seja verão, um item essencial é o anorak (abrigo para chuva, que também funciona como blusão).
Mesmo as aventuras consideradas mais leves exigem uma mochila para carregar acessórios, água, alimentação. Para os iniciantes, uma de médio porte (45 litros) é ideal. Marcio Carvalho chama atenção para os detalhes na hora da compra: ''Nem sempre o design mais bonito garante o melhor equipamento. É importante ver se o tecido é resistente e experimentar a mochila nas costas para ver se é adequada à sua altura e ao seu peso''.
Saco de dormir também não pode faltar. Para Erick Volpini, vale a pena investir nesse produto, pois nunca se sabe as condições do lugar onde se vai dormir. ''Na Serra do Cadeado (no Paraná), no verão, por exemplo, bate cinco graus à noite. É bom escolher uma opção que aguente pelo menos zero grau'', diz. Por fim, as barracas. Além da opção adequada ao número de pessoas que vai dormir, é bom escolher modelos de costura selada para não entrar água.
No geral, os aventureiros experientes reforçam que é necessário pesquisar até chegar aos melhores materiais e modelos. ''Demorei três meses para comprar minha mochila e mais seis meses para achar a barraca ideal. Pesquisei, troquei ideias e até liguei para o fabricante. O segredo é se informar'', diz Carvalho.
Já Volpini destaca a vantagem de recorrer às lojas especializadas e optar por marcas que garantam qualidade. ''Você pode pagar um pouco mais caro, mas vale a pena. Esses produtos duram muito. O problema é que com o tempo você vai ficando mais exigente e querendo produtos cada vez mais caros'', afirma.