As vendas de edredons e cobertores crescem em média 50% quando o clima começa a esfriar. Os artigos peludos e pesados, tão comuns há um tempo atrás, saíram de cena para dar lugar a materiais caracterizados pela maciez, leveza e praticidade como a microfibra. A indústria, em geral, também deixou de utilizar matéria-prima de origem animal. Hoje, as peças são produzidas com materiais com textura de pluma de ganso, lã de carneiro, entre outros.
A microfibra já é muito usada na fabricação de roupas de cama dos países europeus. No Brasil, artigos como este já estão no mercado há alguns anos, mas agora é que estão se popularizando. Os lojistas dizem que antes era preciso fazer "propaganda" do produto e hoje os consumidores já chegam procurando.
Um dos carros-chefe da grife MMartan neste inverno é o edredon que traz de um lado a microfibra peluciada e de outro a microfibra peletizada. O enchimento é de fibra de silicone com textura de pluma de ganso. "São peças que o pessoal compra para usar até no verão. O lado peluciado é mais quente e o outro é mais geladinho", diz Marcia Preto, sócia-proprietária da franquia, em Londrina.
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Entre os lançamentos está o cobertor de microfibra com "toque" de lã de merino (carneiro). Para quem olha, nem parece cobertor, mas esquenta tanto quanto os felpudos de antigamente. "As pessoas estão gostando muito desta novidade porque, além de dar um toque gostoso e proteger conta o frio, é leve", observa Marcia.
Nesta linha de novos materiais está incluída ainda a manta de pele ecológica, que substitui a pele de carneiro. A lojista explica que as roupas de cama modernas também são de fácil manutenção e têm maior durabilidade. "Podem ser lavadas na máquina sem prejuízo de qualidade. Os edredons, por exemplo, não diminuem a espessura com o tempo", repara Marcia.
Na loja, os edredrons de microfibra no tamanho "queen" (um pouco maior que o casal tradicional) custam a partir de R$ 297. Os de algodão comum saem por R$ 165 e os da linha nobre (puro algodão, acima de 200 fios por polegada) podem chegar a R$ 650. O preço mínimo do cobertor de microfibra com toque de merino é R$ 327.
No setor de roupas de cama há 19 anos, a lojista Leonor Alaver Garcia observa que edredron é um produto que vende o ano inteiro para compor enxoval e porque as pessoas o utilizam também para deixar na cama, como colcha. "Mas quando dá essas esfriadas, como nos últimos dias, vendemos 50% a mais. As pessoas correm comprar; acredito que são aquelas que passaram frio na noite anterior", brinca Leonor, proprietária da loja Cenas de Casa.
A comerciante destaca o edredon de percal 200 fios com enchimento sintético com sensação de pluma animal (a partir de R$ 266, o "queen"). "O algodão a partir de 180 fios por polegada passa a ser percal. Quanto mais fios por polegada, mais resistente e macio é o tecido", explica Leonor. Ela diz que não existe mais enchimento de espuma, é tudo manta de plumante, bem leve.
O cobertor de microfibra, segundo a lojista, é "a sensação do momento". A loja trabalha com o produto nacional e importado. "Tem pouco volume e aquece bastante. As pessoas procuram bastante", diz Leonor. O tamanho "queen" está em torno de R$ 130. A loja também trabalha com o cobertor tradicional, peludo (sintético), com acabamento em cetim (R$ 283, o "queen").
A comerciante diz que também tem bastante saída o edredon de malha (R$ 178, o "queen"), que já está há bastante tempo no mercado. "É uma malha específica para roupa de cama, que não cria bolinha. É bem aconchegante", observa Leonor.
Os dois estabelecimentos ouvidos pela reportagem trabalham com diversos tamanhos de edredons e cobertores, cujos valores são diferenciados.