Joias são ideais para eternizar momentos. Mães guardam anéis, brincos ou correntes que foram das avós ou bisavós para presentearem filhas, que provavelmente farão o mesmo no futuro. Porém, muitas vezes as peças ficam esquecidas porque o modelo deixa de agradar com o passar dos anos ou porque não servem mais. Para manter as peças sempre atualizadas, muitas pessoas buscam ourives especializados em reformas.
Wagner Bieniek aprendeu a profissão ainda menino com o pai. Na opinião dele, ao contrário do que acontecia antigamente, quem tem joia quer usar e não deixá-la guardada no cofre. ''Muitas mulheres vêm aqui para modernizar as peças. Quem gosta e tem joia, não usa bijuteria'', acredita.
É o caso da professora aposentada Vani Messas Ruiz. Pelo menos uma vez por ano, ela leva as peças ao ourives para transformá-las. ''Não uso as mesmas peças que usava quando era mais nova. Nas reformas vou adequando os modelos com o passar dos anos'', diz.
Leia mais:
Prefeitura quer beneficiar contribuintes em dia no IPTU com descontos progressivos
Associação de Voluntários do HU promove bazar beneficente
Shopping de Londrina fará liquidação fora de época com descontos de até 70%
Bazar em Cambé venderá roupas a partir de R$ 2
O custo é um dos principais fatores que fazem com que muitas pessoas procurem a reforma. ''É bem mais barato do que comprar uma peça nova, além da possibilidade de voltar a usar a joia que estava esquecida no armário'', afirma o ourives Wagner Bieniek.
Vani Ruiz lembra que pagou menos de R$ 200 de mão de obra para fazer uma corrente que custaria quase R$ 700 para ser comprada pronta em uma joalheria. ''Compensa muito. Se não fosse a reforma eu não poderia comprar a peça'', justifica. Ela só não usa muitas peças no dia a dia por segurança. ''Além disso, hoje é possível misturar joias e semi joias, basta ter cuidado para que a combinação fique harmoniosa''.
O valor da mão de obra para a remodelagem da peça é estipulado de acordo com o tipo de trabalho e varia bastante. No caso de um par de alianças, o serviço mais procurado na fábrica de Wagner, o preço varia entre R$ 80 e R$ 250 em média. Porém, de acordo com o tamanho e os detalhes, a mão de obra de uma peça pode custar mais de R$ 1 mil.
Ouro amarelo volta com força em 2010
Os modelos e materiais para a fabricação de joias também seguem tendências. O ouro amarelo, por exemplo, deixou de ser usado durante algum tempo, mas voltou com força nas coleções de 2010. Vani Ruiz lembra que há alguns anos era comum mulheres usarem correntes com o pingente com próprio nome ou nome dos filhos. ''Deixou de ser moda, mas agora está voltando a ser usado. Da mesma forma que as pedras e as pérolas'', diz.
De acordo com o joalheiro Paulo Lara o ouro rosé, obtido por meio de uma liga específica, tem a cor bem próxima da rosa e deve ser muito usado na próxima estação. ''Além disso, o ouro amarelo, que ficou esquecido e o ouro branco também serão muito utilizados'', aposta. Entre as pedras, o empresário acredita que as brasileiras estão em evidência. ''Até mesmo as pedras mais claras, que não eram utilizadas, aparecem em brincos e anéis combinadas com pedras de cores mais fortes''.
Joalherias facilitam a troca
Outra possibilidade para quem não usa mais suas joias ou cansou do modelo é aproveitar as promoções que algumas joalherias promovem em datas específicas. Na Lara Joalheiros, por exemplo, o mês de agosto é dedicado ao ''Atualize''. Os clientes podem utilizar suas joias como entrada na compra outras. A avaliação da peça é feita de acordo com o peso, o design e as pedras. Para estabelecer o valor do ouro da joia antiga é utilizada a cotação do dia. ''É uma avaliação real, para o cliente não perder no valor'', explica Paulo Lara, proprietário da loja.
Já na Monalisa Joias, as promoções são realizadas nos meses de fevereiro e agosto. De acordo com a gerente Marcia Rossi, a avaliação do ouro e das pedras é feita na própria loja e o valor da peça também é definido de acordo com a cotação do dia. A joia antiga deve equivaler a, no mínimo, 50% do valor da nova. ''Muitas pessoas procuram a troca porque, mesmo se a peça for bem antiga, avaliamos de acordo com o preço de hoje. É bastante vantajoso'', afirma.