A iluminação é um recurso que fornece ritmo aos ambientes. O jogo entre luz e sombra é o responsável pela atmosfera que o usuário deseja imprimir no local, desde um escritório em tom sóbrio, até o aconchego da sala de estar em casa. Diante do desafio em criar um cenário bonito, confortável aos olhos e moderno, as luminárias estão cada vez mais arrojadas e antenadas com a moda de interiores. O mercado oferece uma gama variada de modelos e preços para a exploração de sensações em ambientes sofisticados ou despojados.
''A iluminação abraça as pessoas e qualifica o clima do local. Ela é envolvente'', define a lighting designer Regina Bruni, da La Lamp, ao explicar que a palavra de ordem em projetos contemporâneos de iluminação é flexibilidade. ''Há ambientes multiusos, como a sala, que se adequam à necessidade do usuário conforme a iluminação. Para mesclar efeitos de luminosidade, é importante ter um interruptor com sessões independentes'', indica.
Para misturar efeitos, o mercado oferece abajures, plafons, lustres, toucheiros, luminárias de chão e de jardim, spots, arandelas e lâmpadas com temperaturas de cor (branca e amarela) para compor o desenho e clima desejados.
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Regina destaca a sala porque é um ambiente de uso formal e informal. Nela é possível assitir a filmes, receber amigos, ler e promover encontros familiares, entre outras utilizações. Se o ambiente tiver uma televisão disponível, a recomendação principal da especialista é que a luz não reflita no vídeo. ''Rebatedores e cúpulas mais opacas devem ser usadas para este fim'', diz.
Os spots, muito comuns para direcionar a luz, estão perdendo a forma de pescoço e ganhando silhuetas mais quadradas e com vidro. As lâmpadas dicróicas são o hit da decoração para acentuação de detalhes.
Em salas com teto de gesso, Regina aponta luminárias que privilegiem detalhes da decoração. As embutidas devem ser de boa qualidade e com anti-ofuscantes. A luz na cabeça das pessoas no sofá, é um erro que deve ser observado. ''Pontos de luz direcionais são interessantes para leituras, sem conflitar com as atividades em volta'', ressalta.
Para tetos com ponto único na laje, o cuidado principal está com os plafons. ''Cuidado com este tipo de luminária em vidro porque a luz pode não ficar tão confortável aos olhos. O ideal é usar peças que rebatam para cima a luz e espalhem a luminosidade'', alerta. Uma dica de decoração para paredes é a luminária wall wash. Ela é embutida próxima à junção da parede com o teto e dá a impressão que a luz pinta a parede descendo por ela.
Mercado movimenta R$ 1 bi por ano
Muitos consumidores e arquitetos consideram conforto como sinônimo de modernidade. E, em nome desta exigência, a indústria do setor se vê obrigada a melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o leque de opções de modelos, cores, matéria-prima, além de aprimorar a funcionalidade dos objetos.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, há um esforço da produção nacional em inovar e aprimorar a qualidade. ‘Em relação aos chineses a nossa qualidade é imbatível e, neste momento, o nosso preço também devido a alta do dólar que encareceu as importações’, afirma. Ele também informa que cerca de 34% das indústrias brasileiras já exportaram nos últimos cinco anos e que os aparelhos nacionais são reconhecidos pela qualidade. ‘Nossos artigos são manufaturados de acordo com normas técnicas rígidas que garantem segurança e durabilidade’, diz.
De acordo com a Abilux, o setor gira em torno de US$ 1 bilhão e acompanha o mercado da construção civil. Neste ano, apesar dos efeitos da crise financeira, deve crescer entre 3% a 5%. O otimismo se deve aos contratos ainda em vigor de entrega de produtos às obras e também porque o Brasil depende muito pouco de importação de material. Cerca de 75% da indústria está em São Paulo. O Paraná entra no restante, ao lado de outros Estados das regiões Sudeste e Nordeste. A iluminação residencial, onde inclui-se a decoração de interiores, responde por 23% do faturamento global.
No País, são encontradas peças em matéria-prima sofisticada como a opaline (vidro fosco ou brilhante) e o murano. Os polímeros, acrílicos e plásticos com efeito de vidros figuram a moda de interiores. As matérias-primas básicas utilizadas na fabricação dos produtos são o alumínio, o aço e o latão, responsáveis pela estrutura das peças. Mas dependendo da criatividade do designer, qualquer material pode virar utilitário.(C.P.)
O consumidor deve ficar atento a algumas nomenclaturas:
● Indireta: são luminárias que usam o teto ou as paredes como refletores. A luz produzida é geralmente muito difusa e ideal para suavizar sombras.
● Direta: luminárias que possuem pontos de luz visíveis e pode ser bem aconchegante quando for geral.
● Efeito: é uma luminária mais dirigida com luz para a criação de momentos especiais, como eventos e festas.
● Tarefa: são as peças mais funcionais para leitura.
● Destaque: serve para destacar pontos específicos da arquitetura ou da decoração, como um quadro, por exemplo.