Os fundos de investimento brasileiro registraram, em 2016, a maior captação líquida anual desde 2010, segundo relatório divulgado pela Moody's Investors Service. Os fluxos de entrada líquidos nos fundos somaram R$ 109,1 bilhões em 2016 e foram destinados, principalmente, para fundos de renda fixa e de previdência privada, em meio a um cenário de elevadas taxas de juros no País.
"Embora a perspectiva para os fluxos em 2017 seja incerta, esperamos uma mudança na alocação, tendo em vista que o Banco Central do Brasil começou a reduzir as taxas de juros recentemente", afirma, em nota, Diego Kashiwakura, um vice-presidente e analista sênior na Moody's.
Agora, a expectativa é de que nos próximos 12 a 18 meses, por conta do início de um ciclo de corte de juros, os investidores deverão realocar suas carteiras para outras classes de ativos, incluindo ações e investimentos alternativos. A Moody's frisa, no mesmo documento, que esse movimento de diversificação deve favorecer as gestoras de recursos independentes.
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Além disso, a Moody's espera que o segmento de previdência siga ganhando participação de mercado dentro da indústria, afetada positivamente pelos incentivos fiscais que impulsionaram o aumento da demanda de investidores pelos dois principais produtos deste segmento, o PGBL e VGBL.