Bolsas com modelos grandes e tons mais netros usados no inverno darão lugar a cores variadas e tamanhos um pouco menores no verão. Embora a nova tendência ainda aprove o uso do preto, cinza, marrom, caqui e nude (cor da pele), ela direciona a tonalidades mais ousadas, inclusive com acessórios metalizados e fluorescentes. A explosão da nova estação é o colorido.
Acertar na escolha da bolsa não é uma tarefa tão complicada. A vendedora da loja Carbono, Dayane Silva, dá algumas dicas para facilitar a compra. ''Tem que ser bonita, confortável e trazer bem estar para quem vai usar. É importante atender o gosto de cada cliente e, se possível, combinar com a moda'', explica. Os preços na Carbono vão de R$ 49,90 a R$ 300, com variedade em marcas e materiais. Além das cores neutras, na loja já estão disponíveis as tonalidades mais fortes que deverão predominar na nova estação como coral, rosa e lilás, entre outras.
O volume de vendas do inverno é inferior ao do verão, justamente pela opção de cores, ''que sobressaem nos dias mais quentes'', segundo a vendedora da loja Paru, Fernanda Denise Mendes. Ela lembra, ainda, que as alças tranversais são outro detalhe que passou a acompanhar as bolsas nos últimos anos pela praticidade. Na loja as bolsas podem ser adquiridas de R$ 59,90 a R$ 149,90, elas são confeccionadas com couro ecológico.
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Chegou a vez da camurça, da lona, do jeans, do capim dourado e do linho na coleção verão 2011 'Love in Color' da Arezzo, que permite o uso de outros materiais e não apenas o couro. Os tons pastel, bege, nude e preto também acompanham, na mesma peça, os mais coloridos como verde, laranja, amarelo, azul, rosa e vermelho. Outra novidade para a estação, segundo a gerente Mariana Justino, é a estampa militar. As bolsas da nova coleção saem a partir de R$ 399,90.
Paixão em comum
Bolsas com estilos clássicos, sem muitos adornos, são as que mais atraem o olhar de Sandra Mara Nascimento Paleari, que tem mais de 30 modelos compondo a sua coleção. Ela conta que a paixão começou há cerca de 10 anos, quando tornou-se cliente de uma grande marca. ''Antes, eu usava bolsa apenas por necessidade, hoje é um prazer'', revela.
Dentre suas peças é possível encontrar algumas coloridas, mas sem deixar de lado a discrição. Para a coleção de verão, ela já garantiu alguns tons diferenciados e menos chamativos como o laranja, verde escuro e o vermelho queimado. Os tamanhos da nova coleção também vão agradar a cliente, que tem preferência por acessórios médios e pequenos.
Usar roupas mais lisas para destacar a bolsa é uma estratégia adotada por Sandra, que também não deixa de lado um belo calçado. ''Escolho a bolsa e sapato do dia de acordo com o meu astral'', confessa.
Ela sempre atualiza o seu estoque, mas não desfaz de suas 'companheiras' prediletas. ''Tenho um carinho especial por minhas bolsas e as que gosto muito não me desfaço nem por decreto. Às vezes acabo passando uma ou outra para a minha filha ou noras'', conta.
Cláudia Oliveira, também é apaixonada por bolsas. Há 18 anos ela sustenta a mania de comprar ao menos uma a cada dois meses. Atualmente, sua coleção soma cerca de 30 unidades. ''Tenho bolsas de todos os tamanhos e quase todas as cores; tenho acessórios para todas as ocasiões'', conta.
Ao contrário de Sandra, a cor é o que mais atrai, revela Cláudia. ''Não vou pela moda, mas sim pelo meu gosto. Como a tendência para o verão será para cores mais ousadas, certamente vou querer algumas bolsas a mais para a estação'', confessa.
Fábrica de Londrina comemora expansão do setor
Com o passar dos anos, a bolsa deixou de ser um acessório funcional e tornou-se sinônimo de status. A designer da marca Selvaggio, Ivanete Thomaz, afirma que para muitas mulheres, inclusive, é um objeto de desejo.
A bolsa não deve ser só estética, mas também funcional, por isso, na hora da compra, é importante levar em conta todos os detalhes. ''O bolso externo é algo que não deve faltar devido à praticidade que oferece e as divisões só devem existir se realmente tiverem alguma função'', ensina.
Há 23 anos confeccionando peças na cidade, Ivanete já teve a oportunidade de exportar seus produtos durante três anos para a Nova Zelândia e Inglaterra. Com a queda do dólar, em 2007, passou a vender apenas no Paraná. ''Quando voltei, automaticamente o mercado regional reabsorveu a demanda'', conta a designer. Aproximadamente 40% da produção da Selvaggio é adquirida pela população londrinense e o restante é distribuído em outros 25 municípios paranaenses. ''É um segmento forte que está expandindo na cidade'', observa.
A fábrica tem uma produção mensal de 300 unidades, apenas em couro. A cada coleção são lançadas 25 peças e posteriormente outras vão sendo inseridas. Em Londrina, bolsas da marca são comercializadas na Sapattaria; as carteiras saem a partir de R$ 200, enquanto os modelos com tamanhos maiores a partir de R$ 400. A produção é 100% manufaturada e os produtos são customizados de acordo com o pedido das lojas revendedoras.
A designer explica que a nova tendência traz de volta as bolsas clássicas. Comercialmente, terão mais saída os tons celestes, com composição de cores. O fluorescente deverá representar apenas 5% das vendas enquanto ao preto, tradicionalmente, cabem 10% no verão. ''Há alguns anos vivíamos uma ditadura da cor, agora temos uma gama de opções'', afirma.
Ela ensina que existe um novo conceito para bolsas, que não exige a combinação com o cinto, calçado ou roupas. ''Cada pessoa tem de ser livre para fazer o seu estilo, sem seguir regras'', acrescenta.
Sobre as alças transversais, Ivanete explica que é necessário atentar para o modelo da bolsa, pois nem todos admitem essa versatilidade. Outra dica é usar a transversal somente na altura do glúteo.