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Chocolate amargo é a bola da vez na Páscoa

31 dez 1969 às 21:33

A Páscoa é um momento bastante esperado no mundo do consumo. Para quem vende chocolate, representa cerca de 30% do faturamento do ano. Para os apreciadores do produto, é uma oportunidade de encontrar mais variedade no mercado e se esbaldar com a guloseima. E a culpa? Levando em conta a preocupação com a saúde, os fabricantes investem no chocolate amargo, considerado mais saudável que os tradicionais ao leite e branco.

O chocolate amargo tem maior percentual de cacau e menor adição das gorduras do leite, além de conter alto teor de flavonóides, antioxidantes que reduzem os riscos das doenças cardiovasculares. Enquanto uma barra de chocolate ao leite traz, em média, 30% de cacau, no amargo esse índice ultrapassa 50%. Em alguns, chega a 70% ou 80%. Os especialistas, no entanto, recomendam moderação no consumo para que se consiga aproveitar os benefícios funcionais do produto (ver matéria nesta página).


O ovo de chocolate com 70% de cacau é uma das novidades da franquia nacional Cacau Show para esta Páscoa. O produto tem 200 gramas e custa R$ 18,90. ''O chocolate amargo é uma tendência de mercado. Além de buscar o prazer de comer chocolate, as pessoas querem aquilo que faz bem à saúde'', diz Reinaldo Schlommer, franqueado da marca em Londrina. ''Muito se fala hoje neste tipo de chocolate, que faz bem ao coração, ajuda a controlar o colesterol. Quanto ao sabor, é menos doce que os demais, tem um amargo agradável'', completa.


O comerciante informa que hoje a franquia oferece seis produtos de chocolate amargo, incluindo ovos, tabletes, trufas e bombons. Ele cita ainda um ovo de Páscoa e um tablete com 55% e 52% de cacau, respectivamente. O tablete ainda tem o diferencial de ser orgânico. ''Ele não tem leite e é feito com cacau produzido sem agrotóxico''.


Na lista de opções para a Páscoa, a empresa traz ainda como lançamento o ovo trufado (metade chocolate branco e metade escuro). Tem 400 gramas e custa R$ 33,90. ''Já tínhamos um ovo com a casca branca e o interior trufado. A diferença é que este é todo trufado'', explica Schlommer.


Isabela Martins Biondo, do Ateliê do Chocolate, observa que a procura pelo chocolate amargo vem crescendo nos últimos anos. Em seus produtos, ela utiliza os chocolates ao leite, o branco e o amargo com 70% de cacau, em média. ''Pelo que já li sobre o assunto, é muito mais saudável que os outros tipos de chocolate. Faz bem, principalmente, para o coração'', diz ela, que iniciou o negócio há 10 anos.


Segundo Isabela, o ''chocólatra'' gosta de qualquer tipo, mas também se deixa levar pelo amargo quando fica sabendo do seu potencial em relação à saúde. ''Dizem também que é um chocolate mais revigorante, ajuda a combater a fadiga'', repara.


Para quem quer fugir dos ovos nesta Páscoa, o Ateliê do Chocolate tem diversas opções de trufas, tabletes, pães de mel e bombons - de chocolate amargo ou não. Só de trufas, o carro-chefe, são mais de 40 sabores: tradicional, mista, cereja com coco, cereja ao leite, menta, café, frutas vermelhas, nozes, crocante, maracujá, limão, laranja, floresta branca, damasco, ente outros.

As guloseimas vêm em caixas personalizadas de 12, 24, 32 e 48 unidades, com preços que variam de R$ 22 a R$ 60. ''O cliente escolhe os sabores e, se quiser, escrevemos o nome de quem será presenteado ou uma frase, colocando uma letra em cada trufa. Fica bem bonito'', afirma. Segundo Isabela, os presentes personalizados em datas como a Páscoa vêm ganhando cada vez mais adeptos. ''É interessante, porque mostra que você escolheu com atenção e realmente pensou na pessoa na hora de comprar'', valoriza Isabela, que atende eventos, empresas e o consumidor em geral, mas só por encomenda.


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