Nos últimos meses, o governo brasileiro adotou diversas medidas na tentativa de conter o consumo e assim, por consequência, a inflação. Uma das mais recentes foi o aumento da Selic – a taxa básica de juro, em 0,5 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 11,75% ao ano.
Com os juros mais caros, a tendência é que os prazos de pagamento para financiamentos diminuam e o acesso ao crédito fique mais restrito. Dessa forma, segundo análise da gerente de contas da Zip Code, Juliana Catanhede, o brasileiro deve mudar os hábitos de consumo.
Na opinião dela, o consumidor não deve parar de comprar, porém, deve deixar por um tempo de adquirir bens de maior valor agregado, como um carro, e passar a priorizar a compra de produtos mais baratos.
"Por temer a dificuldade na amortização da dívida, o consumidor vai optar por comprometer o seu dinheiro de outra forma, mudando de bens de maior valor para outros com custos menores", diz.
Ainda que o brasileiro passe a comprar bens de menor valor agregado, Juliana ressalta a importância de cuidar das finanças para não comprometer o orçamento. Se tomar crédito for inevitável, orienta, o mais seguro é que o empréstimo não ultrapasse 30% da renda livre.
Além disso, na hora de contratar um empréstimo, o cartão de crédito e o cheque especial devem ser evitados, já que cobram os maiores juros do mercado, de 10,69% e 7,68% ao mês, conforme dados referentes a fevereiro divulgados pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Por fim, aconselha Juliana, ao encontrar um novo emprego, o consumidor deve controlar a ansiedade e, antes de fazer dívidas, procurar organizar as finanças e priorizar a estabilidade. (Fonte: InfoMoney)