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Produtos de qualidade

Beleza e requinte do artesanato

Raquel de Carvalho/Equipe Folha
24 ago 2009 às 13:57

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Ana Andrade aproveita o conhecimento com telas para mudar a temática: agora usa diferentes texturas e materiais - Edinho Irizawa/Equipe Folha
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Aparência, beleza e sofisticação não são mais atributos exclusivos de jóias e peças fabricadas por indústrias e empresas. Há algum tempo já se encontram em mostras e feiras de artesanatos produtos de qualidade que agradam consumidores brasileiros e estrangeiros. Usar uma peça de artesanato como adereço ou objeto de decoração atualmente já é sinônimo de bom gosto e opção pelo politicamente correto, tendo em vista que valoriza o trabalho individual de artistas e a utilização de materiais reciclados.

Pedras, sementes e cascas de árvores ganham formas e cores nas mãos de artesãos, que abusam da criatividade para valorizar as matérias primas. Aliás, produtos que evidenciam características brasileiras acabam tendo valor diferenciado no exterior.

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A dona de casa Conceição Aparecida Santana oferece dezenas de produtos feitos com pedras e sementes de diversas regiões do Brasil, a maioria comprada em São Paulo. O trabalho de Conceição, que resulta em belas peças, lhe traz ainda como recompensa alegria e sentimento de utilidade. ‘Estava em depressão porque o neto que eu cuidava mudou-se para o Japão’, relata. Para se curar, a mulher procurou uma professora de artesanato em Rolândia , aprendeu a fazer as peças e há seis meses iniciou sua produção, que comercializa em feiras de artesanato.

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As sementes de jupati, marfim vegetal, tancã, escova-de-macaco, olho-de-pombo, olho-de-boi, mamona, falso-pau-brasil e ainda casca de cedro e outras árvores dispostas em pedaços de MDF formam peças bonitas com preço compensador. Quadros pequenos custam R$ 20,00, os maiores, R$ 250,00 e mandalas custam entre R$ 60,00 e R$ 80,00.

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A criatividade e habilidade da artista plástica Suely Beggiato resultam em peças sofisticadas e delicadas. O papel é a principal matéria prima e graças à destreza da artista se transforma em pequenas pétalas e desenhos geométricos, que enfeitam capas de cadernetas e agendas. Também compõe pequenos quadros, com base de madeira e cores leves e suaves, ideais para enfeitar ambientes igualmente delicados, além de caixinhas, colares, cartões, porta-papel e ímãs de geladeira.


Suely, graduada em educação artística, e a filha Isabela Beggiato Almeida dão asas à imaginação num pequeno ateliê instalado em casa. ‘Compramos o papel ‘tingido na massa’ (que possibilita a cor uniforme) e o cortamos em tiras de poucos milímetros de largura. No início, fazíamos esse trabalho manualmente; agora compramos uma desfragmentadora de papel e ficou mais fácil’, afirma. Os quadrinhos são vendidos por R$ 15,00, caixinhas entre R$ 10,00 e R$ 12,00 e ímas de geladeira entre R$ 1,50 e R$ 3,00.

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Material reciclado também enriquece as alternativas de criação de Suely. Papel e filtro de café usado se tansformam em objetos de decoração. ‘Caprichamos no acabamento’, diz. A artista plástica também investe na aceitação do produto brasileiro no exterior. Começou com ímãs de geladeira com motivos nacionais e pretende ampliar o tema para outras peças.


Rusticidade também proporciona peças bonitas e harmoniosas. A artista plástica Ana Andrade aproveita o seu conhecimento no trabalho com telas para mudar a temática: agora ela recobre as telas com diferentes texturas e usa madeira, resina, vidro e pedras. ‘Minhas peças agradam bastante e tem preços de acordo com o material utilizado’, afirma.

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Marlene Giovani Lobo Pereira aproveitou a tendência de valorização de materiais recicláveis e ampliou suas atividades. ‘Agora não sou mais somente dona de casa. Tenho uma profissão’, orgulha-se. Ela faz caixas de diversos tamanhos com papel, páginas de revistas e cola. ‘As revistas dão um marmorizado interessante nas peças’, diz. Outro material, que segundo a artesã possibilita uma textura diferente, é o filtro de café usado.


Produto brasileiro é valorizado no exterior

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O artesanato brasileiro faz bonito no exterior. Alusões, cores e marca do Brasil são reconhecidas em várias partes do mundo e têm bom preço, desde que atinjam um padrão de qualidade e acabamento. A Associação de Artesanato e Estilo (Artest), entidade londrinense que reúne dezenas de artesãos, aproveita a abertura deste mercado e vende produtos em feiras internacionais. A participação nos eventos é viabilizada pela Agência de Promoção, Exportação e Investimentos do Brasil (Apex).


Milão, na Itália, a capital espanhola, Madri, Paris (França) e Frankfurt, na Alemanha, são o principal foco da Artest. Mas os produtos brasileiros também são comercializados em outros locais, como Kuwait e Estados Unidos. De acordo com Roberto Mucci, diretor comercial da entidade, os produtos são adquiridos por empresas. ‘As feiras são destinadas a atacadistas e não para o varejo ’, explica. Ele acrescenta que as peças de decoração e utilitários são os que despertam mais interesse dos compradores.

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Dessa forma, pratos e talheres de madeira e alumínio, peças de cerâmica são ofertados como opção de decoração. Mucci conta que um talher com 1,70 m de altura foi destinado a um restaurante indiano. Também foi vendida uma cadeira estilo Luís XV feita inteira em alumínio.


Brasil Casa Design é outro projeto que promete ampliar o mercado no exterior. Segundo o diretor comercial da Artest o objetivo é instalar uma casa com produtos brasileiros um ano em cada país. A primeira edição do evento foi realizada com sucesso, em 2008, em Buenos Aires. Este ano, o Panamá recebeu a mostra e os organizadores estão tentando viabilizá-la, em 2010, em Dubai.

A produção dos artistas filiados à Artest tem também boa aceitação no mercado interno. No aeroporto de Londrina, por exemplo, há um quiosque com várias peças, compradas por quem embarca ou desembarca na cidade. No local estão expostos pingentes, brincos, colares, peças de cerâmica, sabonetes glicerinados, potes de cera com aroma e caixas decorativas com a legítima cachaça brasileira, entre outros produtos.


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