Em tempo de crise, um negócio inovador faz a diferença. Na vida de quem empreendeu a ideia e na vida de quem consome tal produto ou serviço. Famílias que têm criança já podem contar, por exemplo, com serviço de aluguel de carrinhos de bebê, por hora, no centro de Londrina. O público alvo é quem desce dos ônibus no Terminal Urbano e vai circular pela cidade. Mas o negócio tem atraído consumidores com outros perfis.
''A ideia é que pais que venham ao Centro de carro fazer compras possam deixar o carrinho de bebê em casa para não ocupar espaço no porta-malas na hora de voltar com as compras. Já temos casos assim'', afirma Fabiana de Oliveira Caetano, sócia-proprietária da Baby Car. Ela abriu a empresa em fevereiro porque estava desempregada e queria desenvolver um trabalho que lhe trouxesse renda e flexibilidade de horário.
''Como tenho uma filha de 3 anos que pesa 14 quilos, sei da dificuldade que é sair com uma criança. Então pensei no aluguel de carrinho para quem não tem e para quem tem, mas acha difícil transportá-lo de ônibus ou de carro. Pesquisei na região e até em São Paulo, e acabei descobrindo que não existia esse tipo de serviço, por hora. Só em shopping, mas num estilo diferente'', conta Fabiana.
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A loja funciona em uma galeria em frente ao Terminal Urbano, com espaço para a mãe amamentar e trocar a criança. ''A ideia é que as mães possam descansar um pouco, por isso também oferecemos água'', diz a comerciante.
Estão disponíveis 20 carrinhos com capacidade para crianças de até 16 quilos, com regulagens para sentar e deitar. Para utilizar o serviço, a pessoa tem que ter mais de 18 anos, e assinar um termo de responsabilidade e um contrato. Uma hora custa R$ 4; duas horas, R$ 7; e três horas, R$ 10.
Ela conta que do primeiro para o segundo mês a procura pelo serviço triplicou. A expectativa é que principalmente o boca a boca leve mais gente a saber que pode alugar um carrinho de bebê quando precisar. A comerciante acredita que os altos preços do produto nas lojas também podem levar muitos pais a optarem pelo aluguel no lugar da compra.
Fabiana diz que tem interesse em expandir o negócio, implementando ideias sugeridas pelos próprios consumidores. Ela revela que já apareceu gente pedindo para alugar carrinhos para crianças maiores (semelhantes aos que existem em shopping), roupas de crianças para festas, bebê-conforto (para transportar a criança) e até bicicletas.
Famílias que já utilizaram o serviço destacam a praticidade. ''Para a gente é muito legal (o serviço). Resolveu o nosso problema de falta de espaço no carro quando vamos para o centro da cidade'', afirma o garçom Luís Prado de Oliveira, pai de gêmeos. Ele e a esposa Viviane Igino já alugaram carrinhos duas vezes para circularem pelas ruas com os filhos Rafael e Kauã, de 1 ano e dois meses.
O casal tem dois carrinhos em casa, mas quando sai de carro só consegue levar um. ''Eles (os meninos) pesam 12 quilos e estão começando a andar agora. É muito difícil caminhar com eles no colo. Alugar carrinho facilita nossa vida quando saímos com eles'', observa Viviane. Eles já pensam na necessidade de carrinhos mais resistentes quando as crianças crescerem.