Em quatro opções: tradicional (polvilhado com coco ralado), com coberturas de chocolate branco, meio amargo e mix - branco com meio amargo -, os alfajores artesanais da nutricionista uruguaia Lilián Beatriz Fructos Abib têm agradado o paladar da população londrinense.
As iguarias, confeccionadas com receita clássica daquele país são comercializadas em aproximadamente 55 estabelecimentos da cidade, como padarias, cafeterias, restaurantes, cantinas e bares.
Lilián trabalhou como nutricionista em um hospital uruguaio durante 23 anos e mudou-se para o Brasil em 2003. Quando fixou residência em Londrina, em meados de 2007, queria ocupar o seu tempo com o trabalho e, então, decidiu investir na tradição gastronômica do Uruguai, por sugestão de sua filha. ''Quase todos os alfajores comercializados no Brasil são importados e os produzidos aqui são diferentes do que eu conhecia'', conta.
Há dois anos ela começou a comercializar as guloseimas que, até então, só eram degustadas pela família. Como a demanda aumentou, mudou do apartamento para uma residência, onde instalou a microempresa Alfajores Cabo Polonio, com licença da Vigilância Sanitária e alvará da Prefeitura. O nome, segundo Lilián, se refere a um importante balneário do Uruguai, que recebe turistas de todo o mundo.
A produção mensal já chegou a 1800 unidades. Atualmente, Lilián conta com a ajuda de uma amiga também uruguaia para a produção dos doces e das filhas e marido para a distribuição. ''Gosto de estar envolvida em todos os processos, inclusive no contato com os clientes''.
O alfajor é originário da arábia e foi levado à espanha quando houve a imigração. Em árabe, a palavra significa recheado. De lá, veio para a América do Sul, trazido pelos colonizadores espanhóis, onde se tornou muito apreciado no Urugaui, Argentina, Chile e Peru.
No Uruguai há mais de 30 variedades de alfajores e a guloseima é bastante tradicional e consumida durante o café da manhã, no lanche da tarde e até nas merendas escolares. ''É como o bolo de cenoura ou o de fubá daqui'', compara.
A iguaria preparada por Lilián leva bolacha de manteiga e recheio de doce de leite. ''Preparo tudo com muito capricho e dedicação; a bolacha fica levemente crocante e o doce com bastante recheio e cobertura'', diz.
''O artesanato exige muita dedicação e tempo, por isso é bastante demorado'', acrescenta. Cada unidade tem, em média, de 75 a 90 gramas. Os que lideram a preferência da clientela são a cobertura de côco ralado (tradicional) e o mix. O preço por unidade varia entre R$ 3 e R$ 3,50.
Embora o produto seja calórico, a nutricionista lembra que pode ser consumido comedidamente, de acordo com o regime alimentar de cada pessoa. ''Mas é menos calórico que muitos sorvetes'', observa.
Os alfajores Cabo Polonio são confeccionados com produtos de primeira qualidade e não contêm conservantes ou melhoradores. Os doces também podem ser produzidos por encomenda para festas.
Origem
A história do alfajor nasceu na Arábia, em Andaluzia Seu nome ''al-hasu'' significa recheado. Originalmente produzido com amêndoas, mel e avelãs, chamou-se também alaju, e chegou à Espanholas como alfajor.
No século XVIII, em Córdoba, nos conventos e casas religiosas, mãos habilidosas preparavam entre outros doces um biscoito de formato quadrado, unidos entre si por doce de leite e cobertos de açúcar, era chamado de tableta. Em 1896 o doce ganhou o formato redondo que tem hoje, passando a ser produzido na Argentina e se tornou tradicional também no Chile, Peru e Uruguai.
O doce é composto de duas ou três camadas de massa, que após assadas devem ser levemente crocantes e macias, quase esfarelando, mas firmes, e com recheio de doce de leite.
Fontes: Wikipedia e chacomcroche blogspot com
Serviço:
A Cabo Polonio Alfajores Artesanais fica na rua Cassiano Ricardo, 160, telefone (43) 3029-8233, endereço eletrônico www alfajorcabopolonio blogspot com