A partir deste mês, as lojas de roupas já começam a receber as peças da coleção Primavera/Verão 2010. Casacos, botas e cachecóis da vitrine dão espaço aos vestidos, regatas e sandálias. Segundo os consumidores, este ano os preços estão mais atrativos, mas é necessário cautela na hora de comprar.
As peças que não fizeram sucesso no ano anterior agora fazem a festa nos cestos de promoção. Mas nem sempre liquidação é sinônimo de bom negócio. É o que explica a professora de pesquisa e tendência e marketing de moda do curso de estilismo do Senac, Lúcia Wander. ''Cuidado com a promoção. Muitas vezes é uma estratégia de venda duvidosa. Se você ficou de olho em uma peça e agora ela está mais barata, ótimo. Mas sair comprando um monte de coisa apenas por estar em liquidação, não dá. Às vezes aquela peça não funciona em determinada pessoa. O cliente deve comprar apenas o que precisa'', sugere.
O indicado por profissionais do setor é que sejam adquiridas roupas versáteis, que possam ser usadas em diferentes estações do ano. Um shorts de sarja, por exemplo, cai bem no inverno com uma meia preta grossa, casaco de couro e bota. Já no verão as peças que compõem o visual são substituídas por por uma blusa de seda e um sapato de salto alto, sugere Lúcia Wander. Uma outra dica é utilizar vestido com alça de dois centímetros: com o clima mais frio, uma camiseta por baixo pode proteger do vento; no calor apenas o vestido é suficiente.
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''Somos muito visuais. Compramos o que vemos na rua, na televisão. Se uma atriz usa determinado lenço, a peça passa a vender bem. Mas ela não precisa ser necessariamente cara. Os artistas recebem muitas roupas de cortesia das marcas. Às vezes as próprias atrizes não comprariam peças caras'', conta Lúcia. No exemplo citado, o lenço pode ser substituído por uma versão mais barata. Na próxima estação ele pode não estar mais em destaque e um investimento de R$ 300,00 não teria valido a pena.
Para ter um bom visual, sem precisar renovar o guarda-roupa a cada nova estação, o indicado é investir em peças multiuso e trocar as peças ultrapassadas. ''Não dá para comprar R$ 3 mil em roupas e no próximo ano não usá-las mais'', explica a profissional. O ideal, orienta, é conhecer o próprio corpo para não gastar com peças que não vão causar um efeito positivo no visual.
Efeito Copa
Para o próximo Verão, a professora aposta nas roupas com detalhes que remetem à África, como texturas de onça, zebra, elefante, cobra e crocodilo, tanto em calças e blusas como em sapatos e bolsas. ''Não necessariamente o couro do animal, por ser politicamente incorreto'', salienta. Acessórios como colares, brincos e pulseiras de madeira e urucum também vão fazer sucesso. O motivo é a aproximação da Copa do Mundo, que em 2010 será realizada na África do Sul. ''O brasileiro é muito ligado ao futebol e estaremos voltados à cultura africana''. Cores da terra, como cáqui, marrom, bege e marfim estarão em alta.
Preços mais baixos atraem consumidores
A vitrine da loja de roupas femininas em que a vendedora Idalina Bornia trabalha, no Shopping Total, em Curitiba, está composta de blusinhas, vestidos e saias com as cores e estampas da coleção Primavera/Verão 2010. E não faltam clientes interessados em adquirir as roupas que usarão daqui alguns meses. Até agora, a campeã de vendas é a blusa de bico em malha fria, com preços que vão de R$ 32,00 a R$ 40,00.
Segundo Idalina, os valores estão até mais atrativos em comparação ao mesmo período do ano passado. Ainda reflexo da diminuição de 6% dos impostos cobrados pelo governo como forma de impulsionar as vendas e diminuir os efeitos da crise econômica.
A advogada Maria Aparecida de Sarlo já aproveitou para incrementar o guarda-roupa para a chegada do Verão. Ela aproveitou os preços e comprou camisetas e calças jeans mais leves. ‘Não sei se é por causa da crise, mas os preços estão melhores que o ano passado’, opina.