Vida Além do Trabalho
A Secretaria de Estado da Fazenda está terminando um estudo detalhado de todos os gastos excessivos e deverá implementar, nos próximos dias, um pacote de medidas para contenção de gastos. O objetivo é reduzir os custos financeiros com as repartições públicas de todo o Estado. Algumas delegacias da Receita Estadual (atualmente são 11) e as agências de renda (são 145 postos de atendimento) poderão ser fechadas. Uma das delegacias regionais que poderão ter as portas fechadas é a de Guarapuava. A assessoria de imprensa da Secretaria não confirmou a medida, mas defendeu que a redução de delegacias e agências de renda é fundamental para melhoria do atendimento em áreas críticas do Estado e para a redução de gastos.
Os funcionários das delegacias e agências de renda não serão demitidos. Eles deverão ser removidos para as áreas consideradas mais críticas no Estado. Principalmente para os municípios que fazem divisa com São Paulo e Mato Grosso do Sul. O número de profissionais da Secretaria e da Receita Estadual é considerado insuficiente para todo o Paraná. São 2 mil servidores.
A informatização também será uma arma utilizada pela Secretaria para a redução de gastos. Através da Internet, os consumidores poderão ter acesso a 70 serviços on-line sem precisar sair de casa.
O estudo realizado pela Secretaria não é um caso isolado. Faz parte de uma série de ações do governo do Estado para tentar enxugar a máquina administrativa e reduzir as despesas mensais. Entre as medidas tomadas desde o final do ano passado estão as férias coletivas compulsórias para 100 mil dos 132 mil servidores públicos na ativa e o turno único para os funcionários da área administrativa.
O secretário de Estado de Governo, José Cid Campêlo Filho, confirmou ontem que algumas alterações podem ser feitas na administração pública para o corte de gastos. As medidas serão estudadas pelas secretarias e discutidas internamente. Também se cogita a diminuição do número de secretarias.
De acordo com dados da Secretaria da Fazenda, o Estado tem uma dívida atual de R$ 7,5 bilhões.