Economia

Repar pode vender combustível especial

21 set 2001 às 10:32

A Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, está estudando a possibilidade de vender combustíveis para competição em Curitiba. Ainda não há data para isso acontecer, mas a medida poderá viabilizar ainda pesquisas feitas pelos alunos da Escola de Motores e Combustíveis, informou o gerente geral da Repar, Rubens Novicki.
"Queremos desenvolver tecnologias para melhorar a relação entre motor e combustível", disse Novicki. A escola é patrocinada pela distribuidora e por montadoras do Paraná, que querem formar mão-de-obra especializada.
O combustível para competições da Petrobras só é comercializado em São Paulo e no Rio Grande do Sul. De acordo com o engenheiro químico do Laboratório de Motores da empresa, Walter Zanchet, a diversificação de pontos de venda é importante para a distribuidora
Todas as pesquisas feitas em torno de combustíveis especiais têm como objetivo aprimorar o produto que é vendido nas ruas, informou Zanchet. "De acordo com o que é usado nas competições, podemos verificar eventuais problemas e resolvê-los antes de vender em larga escala", explicou.
Segundo o piloto João Carlos de Andrade, bicampeão gaúcho da modalidade Endurance, o combustível de competição otimiza o desenvolvimento do motor. "Para cada corrida é feito um combustível diferente, dependendo das características da prova, o que diminui bastante a quebra do motor", relatou.

Gasolina adulterada Zanchet também trabalha com o controle de combustíveis. Para ele, a fiscalização nos postos, apesar de ter melhorado nos últimos anos, é deficiente, dando espaço para a comercialização de produtos adulterados.
Segundo Zanchet, a fraude está bastante profissionalizada. "Há alguns anos era fácil detectar a adulteração, mas hoje a prática está muito mais sofisticada", avaliou. Ele afirmou que o consumidor não tem muito o que fazer quando é vítima de combustível adulterado. "Se o posto tiver um selo de qualidade, basta acionar a distribuidora, que fará a averiguação. Se não tiver, fica mais complicado, porque no momento que eu acuso o posto de fazer isso, eu preciso provar", explicou.


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