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Explica economista

Prefeitura de Londrina luta para fechar contas e investir em infraestrutura

Douglas Kuspiosz - Folha de Londrina
25 nov 2024 às 19:59

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- Roberto Custódio
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A pouco mais de um mês para o fim da gestão Marcelo Belinati (PP), Londrina segue em um cenário incerto quando o assunto é investimento. Dados da Capag (Capacidade de Pagamento) do Tesouro Nacional indicam que o comprometimento da receita do município com despesas é de 96,29%, o que garante pouco fôlego financeiro para aplicações em áreas estratégicas.


É o que explica o economista e professor da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) Marcos Rambalducci, que compõe a equipe de transição do prefeito eleito Tiago Amaral (PSD). Em entrevista à FOLHA, ele afirma que a próxima administração vai precisar trabalhar para mudar esse cenário, que passa pela readequação da matriz produtiva da cidade, ainda centrada nos setores de serviço e comércio, que pagam menos que a indústria, por exemplo.

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“É como se uma pessoa que ganha R$ 3,5 mil por mês gastasse R$ 3,4 mil com as despesas da casa. Sobra apenas R$ 100 para investir. É muito pouco para a cidade de Londrina, principalmente pelas necessidades que temos”, diz o economista.

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O resultado da Capag deu a Londrina uma nota “C”, que impede que o município pegue empréstimos com aval do governo federal.

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“Isso gera um aumento no custo de financiamento. Tudo que pegarmos de dinheiro para investir, vamos pegar de bancos privados com juros mais alto”, alerta Rambalducci. “Londrina é uma cidade pobre que não tem nem o aval da União para tomar dinheiro emprestado. É um problema imediato do município e que aponta para uma situação muito mais grave, que é não conseguirmos gerar poupança necessária para os investimentos que precisamos.”


De acordo com o economista, a equipe de transição já dialoga com a Secretaria de Fazenda para correr atrás o aval do governo federal para empréstimos futuros. Se o índice de comprometimento cair para 95%, a nota da Capag sobe para “B”.

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“Enquanto nosso Orçamento aprovado foi de R$ 3,5 bilhões para 2025, Joinville (SC), que tem uma população parecida [pouco mais de 600 mil habitantes], tem R$ 5,6 bilhões. É uma diferença muito grande. Londrina não tem arrecadação porque nossa matriz está muito voltada para serviços e comércio”, explica.


Como a reindustrialização da cidade é um processo lento, Rambalducci entende ser necessário trazer dinheiro através de emendas e transferências financeiras, e reduzir os custos da máquina pública. O setor do turismo é estratégico nesse contexto, com a revitalização do quadrilátero central e a criação do Parque Linear do Igapó, promessas do prefeito eleito durante a campanha eleitoral.


Para piorar a situação, o economista alerta que os dados da Capag ainda são de 2023. Continue lendo na Folha de Londrina:

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Comprometimento da receita liga sinal de alerta em Londrina
Londrina enfrenta incertezas financeiras com 96,29% de comprometimento da receita. Economista alerta para a necessidade de reindustrialização e planejamento.
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