''Um dezembro magrinho'', essa é a expectativa de Adailton Pereira, presidente da Associação Londrinense dos Empresários Supermercadistas (ALES). O motivo do pessimismo é a alta da cesta básica que, segundo ele, variou entre 80% e 100% nos últimos oito meses. O vilão foi o açúcar, que subiu 90% a partir de agosto. Depois vieram o arroz, com alta de 65,58%; o óleo de soja, com 61,63%, e a farinha de trigo, com 24,06%.
''O comércio, em geral, alardeia um crescimento nas vendas, mas isso não é verdade. A tendência é que haja uma queda de 30% devido à perda no poder de compra do brasileiro'', afirmou Pereira. Essa previsão 'ganha corpo' dentro dos supermercados. Clientes assustados com a disparada dos preços cortam supérfulos, trocam de marcas e reduzem o consumo.
Além do desfalque no bolso do consumidor, essa alta nos preços traz de volta o medo da inflação e a rede de boatos. O gerente administrativo de um supermerdado de Londrina, Eduardo Di Pietro, confirmou ontem que alguns clientes estão fazendo estoque de mercadorias. ''Isso é ruim para nós, porque diminui a circulação de dinheiro, e para o cliente, porque pode resultar na falta de produtos''.
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