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Plano de saúde individual terá reajuste de até 9,63%

Leonardo Vieceli - Folhapress
12 jun 2023 às 13:26

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- Mikhail Nilov/Pexels
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A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta segunda-feira (12) o índice máximo de 9,63% para o reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares no país.


O teto de aumento é válido para o período de maio de 2023 a abril de 2024 e foi anunciado em reunião da diretoria colegiada da ANS.

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O reajuste anual é aplicado pelas operadoras na data de aniversário dos contratos (mês da contratação dos serviços) e não envolve os planos coletivos, sejam eles empresariais ou por adesão.

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O índice veio abaixo do intervalo esperado pelo setor. A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) projetava que o reajuste ficaria entre 10% e 12%.

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O novo índice é menor do que o aprovado em 2022. No ano passado, a ANS autorizou um reajuste anual máximo de 15,5% para os planos individuais e familiares. Foi a maior alta da série histórica com dados desde 2000.


O avanço de 2022 veio após os planos terem reajuste negativo (-8,19%), pela primeira vez, em 2021. A decisão da agência em 2021 foi tomada em razão da queda no uso dos serviços de saúde suplementar e a consequente redução das despesas assistenciais em 2020, ano inicial da pandemia de Covid-19.

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BENEFICIÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE INDIVIDUAIS SÃO 17,6% DO TOTAL


Em abril de 2023, o Brasil tinha um total de quase 50,6 milhões de beneficiários de planos de saúde, de acordo com dados divulgados pela ANS.

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Desse contingente, 8,9 milhões eram usuários de planos individuais ou familiares. O número equivale a 17,6% do total  - ou seja, a minoria do setor.


Enquanto isso, os beneficiários de planos coletivos (empresariais, por adesão ou não identificados) chegavam a 41,6 milhões. Eles representavam 82,3% do total.

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A ANS aprova, anualmente, o limite para os planos individuais e familiares. Já o percentual de revisão dos coletivos é determinado a partir das negociações das próprias operadoras.


Em abril, reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que, entre os planos coletivos por adesão, houve altas que chegaram a quase 60%, o que gerou reclamações de clientes. À época, representantes do setor mencionaram que os aumentos eram necessários para garantir o equilíbrio do sistema.

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O setor saiu da crise sanitária com as contas em crise, situação que ainda persiste. Em 2022, houve prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões. Foi o pior resultado desde o começo da série histórica, em 2001.


ENTENDA O CÁLCULO

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Segundo a ANS, a definição do reajuste passou pela aprovação da diretoria colegiada da agência e pela apreciação do Ministério da Fazenda.


A agência vem utilizando metodologia que combina a variação das despesas assistenciais com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) descontado o subitem plano de saúde.


O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro.


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