O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra disse, durante a inauguração de um posto de gasolina instalado no aeroporto internacional da Província, em Buenos Aires, que a empresa poderá anunciar novas reduções no preço da gasolina se o valor do barril do petróleo no mercado internacional e o dólar recuarem.
"Nos vivemos num mercado livre, que leva em consideração os preços competitivos de acordo com o mercado internacional. Quando o preço do petróleo caiu e o dólar caiu, nos abaixamos [a gasolina]. Se continuar caindo, nós abaixaremos outra vez."
Quanto ao gás de cozinha, a estatal condicionou uma eventual redução de seus preços à diminuição da margem de lucro das companhias que fazem a distribuição do produto.
Segundo Dutra, a participação da Petrobras na formação do preço é pequena e a companhia sozinha não conseguirá baixar o valor pago pelos consumidores.
"Isso [a redução dos preços] deve incluir a Petrobras, os governos estaduais, o governo federal e principalmente a distribuição e a revenda, que têm hoje uma margem de lucro maior que em todos os lugares do mundo", afirmou Dutra.
Segundo Dutra, a parcela da Petrobras no preço do botijão de gás oscila entre 35% e 39%. "Na distribuição e na revenda, há lugares em que a margem é muito maior que isso", afirmou. O presidente da estatal disse ainda que os governos federal e estaduais também precisam contribuir por meio de uma redução de impostos que incidem sobre o produto.
"Cada um tem que dar a sua parcela para que possa haver uma redução significativa para o consumidor", afirmou. Segundo ele, a meta traçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que o valor do botijão, que hoje está em cerca de R$ 33, seja reduzido em até R$ 10; ou seja, para um preço médio de R$ 22.