A direção paraguaia da Itaipu Binacional deve aprovar o pedido brasileiro para que o nível do reservatório da usina seja rebaixado no segundo semestre, contribuindo para que não haja diminuição na produção de energia elétrica. "Há uma predisposição para ajudar o Brasil", afirmou hoje (29/05) em Assunção, o chefe de imprensa paraguaio de Itaipu, Abel Gimenez Toledo.
Segundo ele, na reunião do conselho de Itaipu, que será realizada na sexta-feira, no Centro de Produção, em Foz do Iguaçu, o Brasil deve oficializar o pedido para rebaixamento.
A direção brasileira de Itaipu prevê que o reservatório comece a ser rebaixado em agosto, repetindo um fato já acontecido em fins de 99 e início do ano 2000. Naquela época, houve redução de 4,8 metros e começaram a aparecer ruínas de vilarejos encobertos pelas águas. A previsão é de que, este ano, o rebaixamento seja maior.
Por ser a última das 48 usinas existentes na bacia do Rio Paraná, Itaipu opera a fio d" água, isto é, foi projetada para utilizar toda a água que chega para gerar a energia. Para produzir os cerca de 11 mil megawatts diários de energia, ela precisa que entre no reservatório entre 10 e 11 mil metros cúbicos por segundo.