O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse na noite de terça-feira, após participar da abertura da Congresso do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), que o Brasil não tem qualquer restrição quanto à possibilidade de firmar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O novo acordo deve existir, se a situação a partir do meio ou do final do ano demonstrar necessidade", disse. Segundo ele, não existe rompimento com o fundo, como foi noticiado na imprensa.
"O Brasil faz superávit primário porque tem dívida, quem tem dívida deve pagá-la. Quem quer ordenar suas contas e ter estabilidade no longo prazo precisa por as contas em ordem", explicou.
Palocci disse ainda que a decisão de recorrer novamente ao FMI ficará para o final do ano. "Se as coisas continuarem melhorando, não só podemos ter menos necessidade de empréstimos internacionais como vamos colocar nossos motores para funcionar para o crescimento econômico", afirmou.
O ministro acresentou que as atuais oscilações do dólar não representam preocupação: o governo não tem intenção de fixar um patamar para a taxa de câmbio, já que a determinação do governo é deixar a moeda oscilar livremente.
"Fixar câmbio não é um bom procedimento. Os países que fizeram isso no passado não tiveram bom resultado no médio prazo. Alguns países foram à ruína. O câmbio flutuante é a melhor maneira de fazer com que os indicadores econômicos melhorem", afirmou.