O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira em Brasília que a União não renegociará as dívidas dos estados. "Não é possível perante a legislação, do ponto de vista das contas públicas", disse Palocci, referindo-se à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segundo o ministro, a renegociação das dívidas traria impactos no superávit primário da União. Palocci disse que as reformas da previdência e tributária poderão facilitar os acertos de conta entre os estados e o governo federal. "São esforços que precisam ser feitos de forma conjunta", disse o ministro da Fazenda, defendendo a necessidade de maior interação entre governadores e prefeitos.
Superávit primário - Palocci também informou que ainda não está definido a meta de superávit primário que o governo vai buscar para este ano, a fim de honrar os seus compromissos. Ele disse que qualquer que seja esse índice, será perseguido uma vez que existe o compromisso do governo de pagar suas dívidas. Segundo Palocci, a tendência é de que o índice previsto para este ano, de 3,75%, aumente.
O ministro da Fazenda destacou que não pretende começar o ano com a perspectiva de cortes no orçamento, pois é possível trabalhar de uma forma organizada que permita gerar mais recursos, manter os investimentos sociais sem necessariamente ter que efetuar cortes.