O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que é precipitado falar em renovação ou não de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), lembrando que a decisão será tomada no final deste ano.
Segundo ele, o Brasil tem um contrato com o FMI que se desenvolve de uma maneira equilibrada, acrescentando "que muitas vezes há uma preocupação em redução de investimentos diretos estrangeiros, mas que, se o governo colocar essa questão junto com as questões das contas correntes, do balanço de pagamento, vai verificar que a evolução é significativamente positiva para o Brasil".
Palocci explicou ainda que desde o final do ano passado, a economia nacional fez um ajuste nas suas contas externas que trouxe um defícit de contas concorrentes de 4,7% para 1,6%, sendo um ajuste significativo, que poucos países do mundo, que enfrentaram choques dessa natureza, conseguiram fazer um tipo de ajuste como esse em um espaço de tempo tão curto.
Ele observou que a expectativa hoje é de que o defícit no final de 2003 seja menor, pois o processo de contas externas e o balanço de pagamentos tem melhorado ao longo do tempo. A coletiva foi após a reunião, na qual foi assinado um empréstimo de 505 milhões de dólares, em apoio ao programa brasileiro de reformas do setor de desenvolvimento humano.