A partir de 2005, a indústria norueguesa Norske Skog Pisa S.A. -segunda maior fábrica de papel de imprensa do mundo- espera suprir pelo menos 70% do mercado de papel consumido pelos jornais do País. A meta da empresa é bastante ousada, uma vez que, hoje, a relação é exatamente inversa: 70% do papel usado pela imprensa é importado. Os outros 30% vêm de duas indústrias situadas no Paraná: a Klabin -que produz 120 mil toneladas por ano- e a Pisa, cuja produção é de 180 mil toneladas/ano.
Para atingir seus objetivos, a Norske Skog (floresta negra, em português) assinou nesta quarta-feira um protocolo de intenções com o governo do Estado para investir US$ 410 milhões, o equivalente a R$ 984 milhões, na implantação de uma fábrica de papel de imprensa em Jaguariaíva, a 118 quilômetros ao norte de Ponta Grossa. Na verdade, a Norske já é sócia da Klabin, e agora comprou, também, as instalações da antiga fábrica da Pisa, em Jaguariaíva.
''A imprensa nacional estava passando por uma grande ameaça'', disse o ex-presidente da empresa para a América Latina, Rune Ingvarsson. Isso porque desde 2000 a Klabin vem voltando sua produção para o setor de embalagens. Segundo o consultor jurídico da empresa, Joaquim Miró Neto, com a nova máquina a ser importada para a Pisa, a empresa produzirá mais 350 mil toneladas de papel, resultando na produção nacional de 530 mil t/ano. Com isso, os jornais importarão apenas 30% de suas necessidades.
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